Ribeirão Preto, Quinta-feira, 06 de Janeiro de 2011

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Sem-terra invadem a nova área de usina

Barracos foram montados na Fazenda Martinópolis, da Usina Nova União, em Serrana

JULIANA COISSI
ENVIADA ESPECIAL A SERRANA

Um grupo de famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu ontem mais um trecho da Fazenda Martinópolis, que pertence à Usina Nova União, em Serrana.
Segundo o movimento, o grupo reúne cerca de 300 pessoas. Já pela contagem da Polícia Militar, havia de manhã cerca de 70 pessoas, sendo 40 homens, 20 mulheres e dez crianças.
O MST já ocupa desde maio de 2008 a borda da fazenda, no acampamento chamado Alexandra Kollontai, em frente à rodovia Abrão Assed, no km 31.
De acordo com Guê Oliveira, que é militante do MST e assentada na Fazenda da Barra, em Ribeirão Preto, a intenção é que as aproximadamente 90 famílias que vivem na borda da fazenda se desloquem para a nova área ocupada ontem.
A escolha da fazenda para a invasão, de acordo com o movimento, visa pressionar o Estado e o governo federal para liberar a terra para a reforma agrária, já que a usina tem dívidas de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e já atrasou pagamento de salários a funcionários.
Guê e outro militante do movimento, José de Arimatéia, proibiram a Folha de entrar no acampamento ontem de manhã para conversar com as famílias.
Integrantes do movimento do antigo acampamento também se negaram a falar. A reportagem não conseguiu ouvir nenhum representante da Usina Nova União sobre o assunto.


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