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Sem-terra invadem a nova área de usina
Barracos foram montados na Fazenda Martinópolis, da Usina Nova União, em Serrana
JULIANA COISSI
ENVIADA ESPECIAL A SERRANA
Um grupo de famílias do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
invadiu ontem mais um trecho da Fazenda Martinópolis, que pertence à Usina Nova União, em Serrana.
Segundo o movimento, o
grupo reúne cerca de 300
pessoas. Já pela contagem da
Polícia Militar, havia de manhã cerca de 70 pessoas, sendo 40 homens, 20 mulheres e
dez crianças.
O MST já ocupa desde
maio de 2008 a borda da fazenda, no acampamento
chamado Alexandra Kollontai, em frente à rodovia
Abrão Assed, no km 31.
De acordo com Guê Oliveira, que é militante do MST e
assentada na Fazenda da
Barra, em Ribeirão Preto, a
intenção é que as aproximadamente 90 famílias que vivem na borda da fazenda se
desloquem para a nova área
ocupada ontem.
A escolha da fazenda para
a invasão, de acordo com o
movimento, visa pressionar
o Estado e o governo federal
para liberar a terra para a reforma agrária, já que a usina
tem dívidas de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e já atrasou pagamento de salários a
funcionários.
Guê e outro militante do
movimento, José de Arimatéia, proibiram a Folha de
entrar no acampamento ontem de manhã para conversar com as famílias.
Integrantes do movimento
do antigo acampamento
também se negaram a falar.
A reportagem não conseguiu
ouvir nenhum representante
da Usina Nova União sobre o
assunto.
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