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Índice do custo de vida fecha 2010 com aumento de 6,37%
Pressionada pelo consumo aquecido, a alta foi a maior dos últimos três anos
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
O ICV (Índice do Custo de
Vida) do ribeirão-pretano
atingiu 6,37% em 2010, segundo levantamento divulgado ontem pelo Instituto de
Economia da Acirp (Associação Comercial e Industrial de
Ribeirão Preto). O resultado
foi o maior desde 2007, quando o índice alcançou 6,48%.
O diretor do instituto, Antônio Golfeto, afirmou que o
aumento do custo de vida foi
resultado do aquecimento da
economia no ano, que gerou
alta no consumo e, consequentemente, no preço dos
produtos e de serviços.
Entre os setores que mais
pressionaram para o aumento estão saúde e alimentação,
com alta de 15,13% e 10,37%,
respectivamente. Na saúde,
as maiores contribuições foram os reajustes nos preços
de tratamentos odontológicos e de remédios.
Já os destaques da alimentação foram os aumentos nos
preços da carne bovina e dos
hortifrutis. A quebra de safras internacionais e as variações climáticas, com seca e
chuva extremas, prejudicaram a produção e favoreceram as altas nos valores.
Na família da professora
Consuelo Aparecida de Souza Faria, 46, o aumento do
custo de vida elevou os gastos em até 70%. "Foi um ano
bem difícil porque os preços
estavam muito vulneráveis,
principalmente os dos alimentos", disse.
Ela afirmou que a insatisfação com o antigo plano de
saúde fez com que a família
gastasse ainda mais. "Contratamos um outro serviço e
tivemos de pagar a mais por
isso. Espero que 2011 seja diferente", disse Consuelo.
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