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Professores voltam às aulas por um dia para evitar demissão
Alunos reclamam que são dispensados mais cedo e que escolas não dão informações sobre greve
DA FOLHA RIBEIRÃO
Apesar de a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino
Oficial do Estado de São Paulo)
manter o estado de greve, professores da rede estadual de Ribeirão Preto começaram a voltar às escolas ontem. Segundo o
sindicato, já não há nenhuma
escola totalmente fechada. Alunos, porém, dizem que, na prática, há poucas aulas.
Unidades antes fechadas como a Tomás Alberto Whatelly,
a Otoniel Mota e a Walter Paiva
voltaram a receber alunos ontem. Para o diretor estadual da
Apeoesp, Mauro Inácio, não se
trata de um recuo, mas de uma
estratégia para evitar um processo administrativo.
É que a lei determina que
professor titular não pode ter
mais do que 30 dias seguidos de
faltas, e professores temporários, 15 dias -na última quarta,
a greve completou 25 dias.
"Orientamos os professores a
retomar hoje [ontem] as aulas,
por causa da lei, mas devemos
retomar a greve a partir de
amanhã [hoje]."
Alunos da Otoniel Mota ouvidos pela reportagem, porém,
disseram que as aulas não voltaram ao normal. "Deixaram
hoje a gente entrar, dizendo
que tinha aula, mas só vieram
três dos seis professores", disse
Lucas Buosi, 14, dispensado
duas horas antes do horário.
Os alunos afirmam que são
obrigados todos os dias a comparecer à escola para saber se
haverá aulas. "A gente vem e
gasta passe de ônibus à toa",
disse Adrielli Bernardes, 17.
Eles disseram não saber se hoje
e nos próximos dias terá aula.
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