Ribeirão Preto, Terça-feira, 06 de Abril de 2010

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Tombada nos anos 80, casa da avenida Caramuru deve ser restaurada em 2011

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Tombada como patrimônio histórico de Ribeirão Preto no início da década de 80 pelo Condephaat, órgão estadual de proteção ao patrimônio, a casa da avenida Caramuru, construída no fim do século 19, passará enfim em 2011 por um processo de restauração.
Apesar de ter sido tombado, o imóvel é o retrato do abandono: o teto está parcialmente destruído e todo o piso de madeira, comprometido. As pinturas nas paredes não têm proteção contra as chuvas.
Em 2008, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o Estado, a prefeitura e o proprietário a restaurar imediatamente a casa.
Quem dará início ao processo será o poder público. No próximo mês, a prefeitura deve publicar uma licitação para contratar uma empresa que elabore o projeto de restauro do imóvel. Só esse estudo deverá consumir R$ 140 mil, segundo o arquiteto José Antonio Lanchoti, da Secretaria de Planejamento, e um dos que elaboraram o edital.
Se não houver recursos das empresas participantes da licitação, a previsão inicial é que as obras de recuperação comecem no ano que vem. Não há uma estimativa oficial, mas Lanchoti e o arquiteto Cláudio Bauso, do Conppac, preveem ao menos R$ 3 milhões.
A estrutura da casa (como telhado e piso) custará cerca de R$ 1 milhão. A parte mais cara será a pintura, que demanda um especialista. Os desenhos, que remetem a cenários de Veneza, são de um pintor que foi professor de Cândido Portinari, que é considerado um dos maiores artistas brasileiros do século 20.
O desafio agora é saber quem pagará a conta dos R$ 3 milhões: enquanto o projeto é executado, prefeitura e Estado deverão discutir quanto cada um custeará da obra.
O Condephaat diz que a Secretaria de Estado da Cultura assumirá com a prefeitura o restauro e que dialoga com o município "para definir o procedimento legal cabível para contratar o projeto e, depois, para a execução da obra de restauro." A Folha não conseguiu ouvir o proprietário.


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