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Tombada nos anos 80, casa da avenida Caramuru deve ser restaurada em 2011
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Tombada como patrimônio
histórico de Ribeirão Preto no
início da década de 80 pelo
Condephaat, órgão estadual de
proteção ao patrimônio, a casa
da avenida Caramuru, construída no fim do século 19, passará enfim em 2011 por um
processo de restauração.
Apesar de ter sido tombado,
o imóvel é o retrato do abandono: o teto está parcialmente
destruído e todo o piso de madeira, comprometido. As pinturas nas paredes não têm proteção contra as chuvas.
Em 2008, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o
Estado, a prefeitura e o proprietário a restaurar imediatamente a casa.
Quem dará início ao processo será o poder público. No
próximo mês, a prefeitura deve publicar uma licitação para
contratar uma empresa que
elabore o projeto de restauro
do imóvel. Só esse estudo deverá consumir R$ 140 mil, segundo o arquiteto José Antonio Lanchoti, da Secretaria de
Planejamento, e um dos que
elaboraram o edital.
Se não houver recursos das
empresas participantes da licitação, a previsão inicial é que
as obras de recuperação comecem no ano que vem. Não há
uma estimativa oficial, mas
Lanchoti e o arquiteto Cláudio
Bauso, do Conppac, preveem
ao menos R$ 3 milhões.
A estrutura da casa (como
telhado e piso) custará cerca
de R$ 1 milhão. A parte mais
cara será a pintura, que demanda um especialista. Os desenhos, que remetem a cenários de Veneza, são de um pintor que foi professor de Cândido Portinari, que é considerado um dos maiores artistas
brasileiros do século 20.
O desafio agora é saber
quem pagará a conta dos R$ 3
milhões: enquanto o projeto é
executado, prefeitura e Estado
deverão discutir quanto cada
um custeará da obra.
O Condephaat diz que a Secretaria de Estado da Cultura
assumirá com a prefeitura o
restauro e que dialoga com o
município "para definir o procedimento legal cabível para
contratar o projeto e, depois,
para a execução da obra de restauro." A Folha não conseguiu
ouvir o proprietário.
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