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Lei em Ribeirão veta celular em escolas
Vereadores aprovaram projeto de lei anteontem, que deve ser sancionado pela prefeita Dárcy Vera
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Câmara de Ribeirão Preto
aprovou anteontem um projeto
de lei que proíbe dentro das salas de aula de todas as escolas
da rede municipal o uso de celulares, tocadores de MP3 e outros similares eletrônicos.
Para virar lei, o projeto ainda
precisa da sanção da prefeita
Dárcy Vera (DEM), que, assim
como a secretária da Educação,
Débora Vendramini, demonstrou apoio à proposta. "Eu acho
fantástico, isso atrapalha o
aprendizado", disse Dárcy.
Na prática, segundo alunos
de duas escolas da rede ouvidos
pela Folha, a proibição desses
aparelhos já funciona informalmente nas unidades, mas
nem por isso os estudantes deixam de ouvir músicas enquanto assistem às aulas.
"Todo mundo ouve música.
A gente vem com blusa de frio,
coloca o fone no ouvido e o capuz por cima para ninguém
ver", disse Gustavo Henrique
de Almeida, 14, aluno do oitavo
ano da Efem (Escola de Ensino
Fundamental e Médio) Dom
Luis do Amaral Mousinho.
Natália Ribeiro, do quinto
ano da Alfeu Gasparini, disse
que "daria um jeito" de continuar levando seu celular para a
escola para ouvir música.
A secretária da Educação não
disse o que mudará nas escolas
com a sanção da nova lei. Segundo ela, não haverá fiscalização especial contra os telefones
celulares e outros eletrônicos.
"O primeiro passo é avisar,
conscientizar os alunos", disse.
O presidente da Câmara de
Ribeirão, Cícero Gomes da Silva (PMDB), autor do projeto,
informou que atendeu a um
pedido de pais, professores e
diretores, que reclamavam do
uso de eletrônicos nas classes.
"Isso atrapalha a aula", disse.
Nas escolas particulares, a
proibição já vale e os pais são
informados sobre a medida. "A
gente não impede que o aluno
traga [aparelhos eletrônicos].
Mas, se ele for pego usando em
sala, o professor recolhe, entrega à direção e só o pai pode retirar", afirmou a irmã Adair
Sberga, diretora do colégio
Nossa Senhora Auxiliadora.
Em agosto do ano passado, o
governador José Serra (PSDB)
aprovou a mesma proibição para escolas da rede estadual.
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