Ribeirão Preto, Sábado, 06 de Junho de 2009

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Lei em Ribeirão veta celular em escolas

Vereadores aprovaram projeto de lei anteontem, que deve ser sancionado pela prefeita Dárcy Vera

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Câmara de Ribeirão Preto aprovou anteontem um projeto de lei que proíbe dentro das salas de aula de todas as escolas da rede municipal o uso de celulares, tocadores de MP3 e outros similares eletrônicos.
Para virar lei, o projeto ainda precisa da sanção da prefeita Dárcy Vera (DEM), que, assim como a secretária da Educação, Débora Vendramini, demonstrou apoio à proposta. "Eu acho fantástico, isso atrapalha o aprendizado", disse Dárcy.
Na prática, segundo alunos de duas escolas da rede ouvidos pela Folha, a proibição desses aparelhos já funciona informalmente nas unidades, mas nem por isso os estudantes deixam de ouvir músicas enquanto assistem às aulas.
"Todo mundo ouve música. A gente vem com blusa de frio, coloca o fone no ouvido e o capuz por cima para ninguém ver", disse Gustavo Henrique de Almeida, 14, aluno do oitavo ano da Efem (Escola de Ensino Fundamental e Médio) Dom Luis do Amaral Mousinho.
Natália Ribeiro, do quinto ano da Alfeu Gasparini, disse que "daria um jeito" de continuar levando seu celular para a escola para ouvir música.
A secretária da Educação não disse o que mudará nas escolas com a sanção da nova lei. Segundo ela, não haverá fiscalização especial contra os telefones celulares e outros eletrônicos. "O primeiro passo é avisar, conscientizar os alunos", disse.
O presidente da Câmara de Ribeirão, Cícero Gomes da Silva (PMDB), autor do projeto, informou que atendeu a um pedido de pais, professores e diretores, que reclamavam do uso de eletrônicos nas classes. "Isso atrapalha a aula", disse.
Nas escolas particulares, a proibição já vale e os pais são informados sobre a medida. "A gente não impede que o aluno traga [aparelhos eletrônicos]. Mas, se ele for pego usando em sala, o professor recolhe, entrega à direção e só o pai pode retirar", afirmou a irmã Adair Sberga, diretora do colégio Nossa Senhora Auxiliadora.
Em agosto do ano passado, o governador José Serra (PSDB) aprovou a mesma proibição para escolas da rede estadual.


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