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Prova de rua exige mais dos freios, diz engenheiro
Circuitos como o de Ribeirão são mais "travados" que pistas tradicionais
Thiago Meneghel, engenheiro bicampeão da Stock, diz que prova de rua obriga mais mudanças nos carros
JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO
O ponto crítico na primeira
disputa da Stock Car em Ribeirão será o calor, mas não o
climático, que é característico da cidade, e sim o que afetará os freios dos carros durante a corrida.
A afirmação é de Thiago
Meneghel, 30, engenheiro da
equipe A. Mattheis responsável por levar Ricardo Maurício (2008) e Cacá Bueno
(2009) aos dois últimos títulos da categoria.
Com Bueno no cockpit, ele
também saiu vencedor da
única etapa de rua da Stock
Car disputada no ano passado, em Salvador.
Segundo Meneghel, que é
ex-piloto e não se formou em
engenharia mecânica, apesar de ter iniciado o curso, a
temperatura dos freios numa
corrida chega a 600.
Em Ribeirão, por causa do
circuito de rua, mais travado
do que os demais, o sistema
de freios será mais exigido.
Como os carros andam
próximos uns aos outros em
pistas de rua, eles têm menos
ventilação, o que os mantêm
aquecidos por mais tempo
que nos demais circuitos, segundo Meneghel.
"Vamos ficar torcendo pela entrada do safety car." O
carro de segurança entra na
pista quando há acidentes ou
interrupções, forçando os pilotos a desacelerarem e se
manterem distantes, esfriando e poupando os freios.
A transição de um autódromo tradicional, como o
do Rio de Janeiro, onde a
Stock Car correu pela última
vez, para as ruas de Ribeirão,
exige, de acordo com o engenheiro, "mais mudanças do
que o normal."
Com o foco voltado para a
resistência, em uma pista de
rua é menor a preocupação
com os ajustes na aerodinâmica, que garantiria maior
velocidade. Os carros são
mais altos e os amortecedores mais moles, para enfrentar o asfalto ondulado.
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