Ribeirão Preto, Domingo, 06 de Junho de 2010

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Prova de rua exige mais dos freios, diz engenheiro

Circuitos como o de Ribeirão são mais "travados" que pistas tradicionais

Thiago Meneghel, engenheiro bicampeão da Stock, diz que prova de rua obriga mais mudanças nos carros

JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO

O ponto crítico na primeira disputa da Stock Car em Ribeirão será o calor, mas não o climático, que é característico da cidade, e sim o que afetará os freios dos carros durante a corrida.
A afirmação é de Thiago Meneghel, 30, engenheiro da equipe A. Mattheis responsável por levar Ricardo Maurício (2008) e Cacá Bueno (2009) aos dois últimos títulos da categoria.
Com Bueno no cockpit, ele também saiu vencedor da única etapa de rua da Stock Car disputada no ano passado, em Salvador.
Segundo Meneghel, que é ex-piloto e não se formou em engenharia mecânica, apesar de ter iniciado o curso, a temperatura dos freios numa corrida chega a 600.
Em Ribeirão, por causa do circuito de rua, mais travado do que os demais, o sistema de freios será mais exigido.
Como os carros andam próximos uns aos outros em pistas de rua, eles têm menos ventilação, o que os mantêm aquecidos por mais tempo que nos demais circuitos, segundo Meneghel.
"Vamos ficar torcendo pela entrada do safety car." O carro de segurança entra na pista quando há acidentes ou interrupções, forçando os pilotos a desacelerarem e se manterem distantes, esfriando e poupando os freios.
A transição de um autódromo tradicional, como o do Rio de Janeiro, onde a Stock Car correu pela última vez, para as ruas de Ribeirão, exige, de acordo com o engenheiro, "mais mudanças do que o normal."
Com o foco voltado para a resistência, em uma pista de rua é menor a preocupação com os ajustes na aerodinâmica, que garantiria maior velocidade. Os carros são mais altos e os amortecedores mais moles, para enfrentar o asfalto ondulado.


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