Ribeirão Preto, Domingo, 06 de Junho de 2010

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Cacá Bueno, o mais popular, diz não ser alvo neste ano

Piloto se afasta do rótulo de teimoso: "Não sou ator de Malhação nem cantor sertanejo para ter fama", afirma

Átila, líder e mais jovem do grid, não venceu nenhuma prova neste ano; Jorge Neto, o mais velho, veio das motos

DA FOLHA RIBEIRÃO

Último campeão da categoria, 21 vitórias, 18 "pole position", três títulos e o sobrenome Bueno fazem de Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno Filho, o Cacá, 33, o rosto mais conhecido da Stock Car.
Filho do locutor esportivo da Rede Globo Galvão Bueno, que desperta admiração e aversão na mesma intensidade entre os fãs de esportes, Cacá diz que ser popular perante o público o ajuda financeiramente -e só.
"É bom para os patrocinadores, tem mais repercussão, mas a cobrança é a mesma. Tudo depende dos resultados na pista", diz o piloto da Red Bull Racing.
Cacá admite ser o mais conhecido da Stock, mas se afasta do rótulo de famoso.
"Não sou ator de Malhação nem cantor sertanejo para ter fama", afirma.
Maior vencedor da Stock Car em atividade, Cacá diz acreditar que deixou de ser alvo em Ribeirão por causa de sua posição ruim (é o nono) no campeonato.
"Se fosse no início do ano, como eu fui o campeão do ano passado, até seria o piloto a ser batido", afirma.
A atual colocação na Stock, atribuída por ele a uma sequência de má sorte e erros no acerto do carro, nas quatro primeiras etapas, não é uma desculpa para se livrar do peso dos títulos.
"Incomoda bastante [a posição no campeonato]. Não é de praxe estar aí. Nos últimos anos minha pior posição foi um quarto lugar."
Para reverter a situação, Cacá aposta na etapa de Ribeirão. Uma façanha no currículo o habilita: é o vencedor da única corrida já disputada em circuito de rua, no ano passado, em Salvador.
Vencer a prova de hoje, para Cacá, não significa estragar a festa preparada pela torcida para os irmãos Marcos e Pedro Gomes, pilotos nascidos em Ribeirão.
"Não quero estragar a festa de ninguém, quero é fazer minha festa."
Apontado por vários pilotos como o maior salário da categoria, Cacá desvia do assunto: "Ganho mais do que preciso para viver, mas menos do que eu mereço".
As estatísticas destacam também outros pilotos da Stock. Átila Abreu, por exemplo, é o mais novo da categoria. Antônio Jorge Neto é o mais velho.
Aos 23 anos, Átila iniciou na Stock há três anos. É o atual líder do campeonato, mesmo sem ter vencido nenhuma prova, mas não se acha favorito ao título: "Tem muita coisa pela frente".
Jorge Neto, 46, foi sete vezes campeão brasileiro de motociclismo antes de se sentar num carro da Stock Car, em 2004. Parar com a velocidade, diz, só quando não se sentir mais competitivo. "Ainda tenho prazer de correr", diz o piloto da escuderia do Corinthians. (J.S)


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