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Cacá Bueno, o mais popular, diz não ser alvo neste ano
Piloto se afasta do rótulo de teimoso: "Não sou ator de Malhação nem cantor sertanejo para ter fama", afirma
Átila, líder e mais jovem do grid, não venceu nenhuma prova neste ano; Jorge Neto, o mais velho, veio das motos
DA FOLHA RIBEIRÃO
Último campeão da categoria, 21 vitórias, 18 "pole position", três títulos e o sobrenome Bueno fazem de Carlos
Eduardo dos Santos Galvão
Bueno Filho, o Cacá, 33, o
rosto mais conhecido da
Stock Car.
Filho do locutor esportivo
da Rede Globo Galvão Bueno, que desperta admiração
e aversão na mesma intensidade entre os fãs de esportes,
Cacá diz que ser popular perante o público o ajuda financeiramente -e só.
"É bom para os patrocinadores, tem mais repercussão,
mas a cobrança é a mesma.
Tudo depende dos resultados na pista", diz o piloto da
Red Bull Racing.
Cacá admite ser o mais conhecido da Stock, mas se
afasta do rótulo de famoso.
"Não sou ator de Malhação
nem cantor sertanejo para ter
fama", afirma.
Maior vencedor da Stock
Car em atividade, Cacá diz
acreditar que deixou de ser
alvo em Ribeirão por causa
de sua posição ruim (é o nono) no campeonato.
"Se fosse no início do ano,
como eu fui o campeão do
ano passado, até seria o piloto a ser batido", afirma.
A atual colocação na
Stock, atribuída por ele a
uma sequência de má sorte e
erros no acerto do carro, nas
quatro primeiras etapas, não
é uma desculpa para se livrar
do peso dos títulos.
"Incomoda bastante [a posição no campeonato]. Não é
de praxe estar aí. Nos últimos
anos minha pior posição foi
um quarto lugar."
Para reverter a situação,
Cacá aposta na etapa de Ribeirão. Uma façanha no currículo o habilita: é o vencedor
da única corrida já disputada
em circuito de rua, no ano
passado, em Salvador.
Vencer a prova de hoje, para Cacá, não significa estragar a festa preparada pela
torcida para os irmãos Marcos e Pedro Gomes, pilotos
nascidos em Ribeirão.
"Não quero estragar a festa de ninguém, quero é fazer
minha festa."
Apontado por vários pilotos como o maior salário da
categoria, Cacá desvia do assunto: "Ganho mais do que
preciso para viver, mas menos do que eu mereço".
As estatísticas destacam
também outros pilotos da
Stock. Átila Abreu, por exemplo, é o mais novo da categoria. Antônio Jorge Neto é o
mais velho.
Aos 23 anos, Átila iniciou
na Stock há três anos. É o
atual líder do campeonato,
mesmo sem ter vencido nenhuma prova, mas não se
acha favorito ao título: "Tem
muita coisa pela frente".
Jorge Neto, 46, foi sete vezes campeão brasileiro de
motociclismo antes de se
sentar num carro da Stock
Car, em 2004. Parar com a velocidade, diz, só quando não
se sentir mais competitivo.
"Ainda tenho prazer de correr", diz o piloto da escuderia
do Corinthians.
(J.S)
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