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Para consultor, há falta de planejamento
DE RIBEIRÃO PRETO
Apesar dos investimentos
para a ampliação da geração
de energia elétrica a partir do
bagaço da cana-de-açúcar,
para o consultor Celso Zanatto Junior, diretor da Volga
Consultoria e especialista em
bioenergia, a falta de "planejamento governamental" está travando o desenvolvimento desse setor.
Ele citou como exemplo o
leilão de fontes alternativas
realizado no final de agosto
pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Ministério de Minas e Energia.
Embora 73 empreendimentos geradores de energia
por meio da biomassa tenham sido habilitados para
participar do leilão, somente
12 projetos foram contratados. A grande vencedora da
disputa foi a fonte eólica,
com 70 projetos contratados.
"Alguma coisa está errada.
Não está sendo dada a atenção que a biomassa merece.
Eu acho que falta uma avaliação do governo de identificar
um potencial que já está no
campo e que não está sendo
utilizado", afirmou.
De acordo com o especialista, o preço ofertado pela
energia elétrica da biomassa
é um dos gargalos atuais.
No leilão do final de agosto, negócios foram fechados
ao preço médio de R$ 144,20
o MW/h. "Em 2008 houve um
leilão que pagou um preço
coerente e justo, que hoje,
corrigido, é de R$ 175."
Outro gargalo é estrutural
e envolve problemas de conexão de redes distribuidoras entre as usinas.
"É um problema antigo,
que tem tanto tempo e não se
resolve. Está faltando planejamento governamental no
caso da biomassa", afirmou
Zanatto Junior.
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