Ribeirão Preto, Segunda-feira, 06 de Setembro de 2010

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Para consultor, há falta de planejamento

DE RIBEIRÃO PRETO

Apesar dos investimentos para a ampliação da geração de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar, para o consultor Celso Zanatto Junior, diretor da Volga Consultoria e especialista em bioenergia, a falta de "planejamento governamental" está travando o desenvolvimento desse setor.
Ele citou como exemplo o leilão de fontes alternativas realizado no final de agosto pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Ministério de Minas e Energia.
Embora 73 empreendimentos geradores de energia por meio da biomassa tenham sido habilitados para participar do leilão, somente 12 projetos foram contratados. A grande vencedora da disputa foi a fonte eólica, com 70 projetos contratados.
"Alguma coisa está errada. Não está sendo dada a atenção que a biomassa merece. Eu acho que falta uma avaliação do governo de identificar um potencial que já está no campo e que não está sendo utilizado", afirmou.
De acordo com o especialista, o preço ofertado pela energia elétrica da biomassa é um dos gargalos atuais.
No leilão do final de agosto, negócios foram fechados ao preço médio de R$ 144,20 o MW/h. "Em 2008 houve um leilão que pagou um preço coerente e justo, que hoje, corrigido, é de R$ 175."
Outro gargalo é estrutural e envolve problemas de conexão de redes distribuidoras entre as usinas.
"É um problema antigo, que tem tanto tempo e não se resolve. Está faltando planejamento governamental no caso da biomassa", afirmou Zanatto Junior.


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