Ribeirão Preto, Terça-feira, 06 de Outubro de 2009

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Mudança do Plano Diretor gera divisão em Araraquara

Projeto cria oito corredores nos quais haverá expansão vertical dos imóveis; oposição diz que faltou discutir o texto

Prefeitura alega que apenas regulamenta uma situação que já existe, em áreas que suportam a expansão imobiliária


Edson Silva/Folha Imagem
Rua Napoleão Selmi Dei, um dos oito corredores em que poderá haver construções mais altas

LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO

As mudanças no Plano Diretor de Araraquara, previstas para serem votadas em segundo turno hoje na Câmara, estão causando polêmica. O projeto enviado pelo prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) aumenta a densificação urbana em oito regiões da cidade.
Na prática, as alterações devem permitir a criação de corredores onde haverá expansão vertical dos imóveis. A polêmica sobre o tema se agravou porque o projeto de lei foi enviado para a Câmara, na semana passada, pouco antes da sessão.
A vereadora Márcia Lia, líder do PT, criticou a falta de abertura para discutir o projeto. Para ela, as mudanças permitirão que surja um "paredão" de prédios nos principais corredores da cidade. "E possivelmente nós vamos ter várias complicações."
A vereadora disse acreditar que o projeto deve ser facilmente aprovado em segundo turno hoje, mas afirmou que vai recorrer à Promotoria.
A arquiteta Luciana Márcia Gonçalves, vice-presidente do IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) e ex-secretária do Desenvolvimento Urbano no governo do ex-prefeito Edinho Silva (PT), criticou o fato de que, segundo ela, o projeto também altera a outorga onerosa -contrapartida que deve ser dada pelos construtores.
Segundo ela, a outorga passaria a ser exigida somente de construções que ultrapassem o índice de três vezes o tamanho do terreno.
Mas a atual secretária do Desenvolvimento Urbano, Alessandra de Lima, nega que haja qualquer tipo de mudança. "Não muda nada. O que nós estamos fazendo é apenas normatizar o que já ocorria."
Segundo a secretária, já existem prédios nas avenidas incluídas nas mudanças, mas antes era necessário aprovar lei específica para cada empreendimento. Agora, segundo Lima, a situação já estará prevista no Plano Diretor, mas com as mesmas exigências de antes.


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