PAULO FERRARI VIARTI
free-lance para a Folha

Mesmo sem ter conseguido um patrocinador, a Recreativa confirmou ontem sua inscrição na CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) para participar da Liga Nacional Feminina, com início previsto para 5 de dezembro.
Ontem foi o último dia para as equipes confirmarem presença na competição.
A base da equipe será formada por atletas juvenis. Com isso, a comissão técnica espera repetir a campanha da temporada 97/98, quando a Recreativa ficou na modesta décima colocação.
Segundo o técnico Antonio Rizola Neto, o clube deverá ter um gasto mensal de R$ 10 mil com a equipe, incluindo salários, viagens, alimentação e hospedagem.
"A Recreativa está fazendo a parte dela, que é manter o time na Liga Nacional. Mas nós vamos continuar buscando parceiros para montarmos um time competitivo na próxima temporada", disse Rizola.
O presidente da Recreativa, José Ayrton Roxo, afirmou que só manterá a equipe porque o custo será baixo.
"Se não aparecer um patrocinador na próxima temporada, vamos continuar participando das competições com equipes fracas, sem ter aspiração ao título porque o clube não fará contratações. Não vou tirar dinheiro de outros setores para destinar ao vôlei", disse José Ayrton Roxo.
Algumas jogadoras da Recra que participaram do Campeonato Paulista já deixaram o clube. Juliana foi contratada pelo time de Londrina, Sílvia vai defender a equipe de Brasília e Luciana foi para São Caetano. Leca e Olga ainda estudam propostas para jogar em Londrina.
Para recompor o elenco, a Recra vai trazer a levantadora Karine, a atacante Ághata e a central Lígia, da Unifran (Universidade de Franca), todas atletas juvenis.
"Com a equipe do último Campeonato Paulista poderíamos brigar pela oitava colocação e chegar aos playoffs da Liga Nacional. Se ficarmos em décimo lugar, vamos reservar um carro de bombeiros e desfilar pela cidade, pois será como um título para a gente", afirmou Rizola.
Oito equipes já tinham as vagas garantidas na Liga Nacional. Outras quatro, das cidades de Londrina, Brasília, Macaé (RJ) e São Bernardo foram convidadas pela CBV para substituírem Davene, Dayvit/ Barueri, Joinville (SC) e Divinópolis (MG), que desistiram de disputar a Liga.
Segundo Rizola Neto, se a Recra não disputasse a Liga este ano, dificilmente voltaria ao cenário nacional. "A Recra perderia a vaga e só voltaria com um convite feito pela própria CBV. Mas, nesse caso, o investimento teria de ser triplicado e poderia inviabilizar o retorno da equipe", explicou o treinador da Recreativa.



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