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Apenas 21% das verbas de deputados chegam à região
Recursos deveriam atingir R$ 25,5 mi, mas só R$ 4,9 mi foram empenhados
Com nove emendas no Orçamento, Ribeirão assegurou, até o final de novembro, R$ 2,1 milhões dos R$ 4 milhões previstos
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
No papel, as maiores cidades
da região deveriam receber
neste ano R$ 25,5 milhões por
meio de emendas parlamentares individuais incluídas no Orçamento da União. Mas só 21%
dos recursos previstos, no entanto, foram empenhados até o
dia 30 de novembro.
São R$ 4,9 milhões que podem, efetivamente, chegar aos
cofres das prefeituras e entidades locais. As emendas que se
transformaram em projetos e
já foram pagas somam R$ 2,4
milhões, ou 9% do que os deputados, no final do ano passado,
pretendiam.
As emendas individuais são
uma cota que cada deputado
pode requisitar no Orçamento
do governo federal. Para 2009,
o limite para as emendas era de
R$ 10 milhões. Em 2010, ano
eleitoral, o valor subiu para R$
12,5 milhões. Nem tudo o que
os deputados pedem, no entanto, é entregue pelo governo.
No caminho das emendas pelos ministérios e órgãos da administração, elas podem ser
empenhadas, pagas ou simplesmente se tornar uma boa intenção que não se cumpriu. Se forem empenhadas ao longo de
um ano e não forem quitadas,
podem ser alocadas no exercício seguinte. Caso persistam
sem recursos, perdem o direito
de serem empurradas para o
Orçamento posterior.
Segundo o deputado federal
Marco Aurélio Ubiali (PSB), a
prática é que as propostas dos
parlamentares, pelo menos daqueles que fazem parte da base
de apoio ao governo, sejam pagas. Ele espera que o mesmo
aconteça neste ano.
No segundo mandato como
deputado federal, Duarte Nogueira (PSDB) disse que, em
2009, houve um descontentamento, de partidos da base e
opositores, com o represamento de emendas.
O fato de ser do principal partido de oposição ao governo Lula não prejudica a liberação dos
recursos, disse. O índice de empenho para seus projetos tem
sido de, em média, 43% nos últimos anos, segundo ele.
Para conseguir liberar o dinheiro, o tucano afirmou que
sua equipe faz um trabalho de
peregrinação pelos ministérios. "A tarefa do dia a dia é ficar
em cima do governo."
A pressão que tenta fazer pelas emendas é devolvida ao parlamentar em sua base eleitoral,
de acordo com o tucano. "Esses
projetos geram expectativa e se
não estão empenhados criam
um desconforto."
Com nove emendas individuais no Orçamento deste ano,
apresentadas por quatro deputados, Ribeirão assegurou, até o
final de novembro, R$ 2,1 milhões dos R$ 4 milhões previstos. O valor se refere ao que já
foi empenhado pela União.
Apesar de ser a maior cidade
da região, Ribeirão ficou atrás,
em termos de destinação de recursos, de Barretos, cujos projetos que potencialmente poderiam contar com recursos
somam R$ 16,7 milhões.
A seguir, vem São Carlos (R$
1,8 milhão), Araraquara (R$ 1,1
milhão), Bebedouro (R$ 900
mil), Sertãozinho (R$ 300 mil),
Batatais (R$ 300 mil) e Matão
(R$ 300 mil). No sistema de
emendas da Câmara não havia
nenhum registro sobre Franca
e Jaboticabal.
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