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Cai valor médio de imóveis negociado
No 1º trimestre, redução média em Ribeirão foi de 6,6%, aponta levantamento de instituto da ACI-RP
JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Apesar de o número de negócios imobiliários em Ribeirão
Preto se manter praticamente
estável no primeiro trimestre
do ano, o valor envolvido nas
transações caiu 6,6%, segundo
levantamento do Instituto de
Pesquisas Sociais da ACI-RP
(Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
No três primeiros meses de
2009, o valor dos negócios fechados no setor somou R$ 280
milhões, contra R$ 300 milhões no mesmo período do ano
passado. Com isso, o valor médio do imóvel comercializado
na cidade ficou em R$ 84,7 mil,
contra R$ 90,6 mil no mesmo
período do ano passado.
Para o diretor do instituto,
Antônio Vicente Golfeto, os números mostram uma "variação
natural" no setor imobiliário.
Ele ressalta, porém, que a diminuição no preço médio dos
imóveis comercializados confirma a tendência de aumento
da demanda por imóveis mais
baratos. "O mercado está voltando à realidade", disse o empresário do ramo imobiliário
Antonio Carlos Maçonetto,
comparando o atual momento
dos negócios ao dos últimos
anos, quando o setor viveu um
boom, o que acabou por inflacionar preços de imóveis.
A opinião é compartilhada
pelo diretor regional do Creci
(Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Sinésio Donizetti Nunes, que afirmou ter
havido um "susto" no final do
ano passado, por causa da crise
econômica, mas que os negócios imobiliários já voltaram a
se aquecer. Agora, segundo ele,
distante da euforia que caracterizava o setor.
Segundo o economista e presidente do Banco Ribeirão Preto, Nelson Rocha Augusto, há
atualmente um grande número
de consultas para o financiamento de novos projetos para
as classes de menor renda.
Empreendimentos imobiliários mais luxuosos já lançados,
segundo ele, continuam sendo
tocados. Mas novos lançamentos estão quase paralisados.
O crédito abundante para financiamento e os efeitos da crise econômica explicam, segundo Rocha Augusto, o aumento
da procura por imóveis baratos.
"O nível de emprego não caiu
para quem tem renda mais baixa, os ajustes foram nos salários
mais altos", disse.
De acordo com o banqueiro,
pessoas com renda mais alta
têm a opção de prorrogar a
compra de um imóvel, enquanto consumidores com menor
poder aquisitivo aproveitam a
situação favorável para adquirir um imóvel.
Apesar do aumento na demanda, em Ribeirão Preto, por
imóveis com valores de até R$
150 mil, especialistas e profissionais ouvidos foram unânimes em apontar a carência de
ofertas desse tipo de produto
no município.
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