Ribeirão Preto, Domingo, 07 de Junho de 2009

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Cai valor médio de imóveis negociado

No 1º trimestre, redução média em Ribeirão foi de 6,6%, aponta levantamento de instituto da ACI-RP

JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Apesar de o número de negócios imobiliários em Ribeirão Preto se manter praticamente estável no primeiro trimestre do ano, o valor envolvido nas transações caiu 6,6%, segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
No três primeiros meses de 2009, o valor dos negócios fechados no setor somou R$ 280 milhões, contra R$ 300 milhões no mesmo período do ano passado. Com isso, o valor médio do imóvel comercializado na cidade ficou em R$ 84,7 mil, contra R$ 90,6 mil no mesmo período do ano passado.
Para o diretor do instituto, Antônio Vicente Golfeto, os números mostram uma "variação natural" no setor imobiliário. Ele ressalta, porém, que a diminuição no preço médio dos imóveis comercializados confirma a tendência de aumento da demanda por imóveis mais baratos. "O mercado está voltando à realidade", disse o empresário do ramo imobiliário Antonio Carlos Maçonetto, comparando o atual momento dos negócios ao dos últimos anos, quando o setor viveu um boom, o que acabou por inflacionar preços de imóveis.
A opinião é compartilhada pelo diretor regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Sinésio Donizetti Nunes, que afirmou ter havido um "susto" no final do ano passado, por causa da crise econômica, mas que os negócios imobiliários já voltaram a se aquecer. Agora, segundo ele, distante da euforia que caracterizava o setor.
Segundo o economista e presidente do Banco Ribeirão Preto, Nelson Rocha Augusto, há atualmente um grande número de consultas para o financiamento de novos projetos para as classes de menor renda.
Empreendimentos imobiliários mais luxuosos já lançados, segundo ele, continuam sendo tocados. Mas novos lançamentos estão quase paralisados.
O crédito abundante para financiamento e os efeitos da crise econômica explicam, segundo Rocha Augusto, o aumento da procura por imóveis baratos. "O nível de emprego não caiu para quem tem renda mais baixa, os ajustes foram nos salários mais altos", disse.
De acordo com o banqueiro, pessoas com renda mais alta têm a opção de prorrogar a compra de um imóvel, enquanto consumidores com menor poder aquisitivo aproveitam a situação favorável para adquirir um imóvel.
Apesar do aumento na demanda, em Ribeirão Preto, por imóveis com valores de até R$ 150 mil, especialistas e profissionais ouvidos foram unânimes em apontar a carência de ofertas desse tipo de produto no município.


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