DA FOLHA RIBEIRÃO

A Polícia Militar retirou ontem 60 famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) da fazenda Martinópolis, em Serrana, em reintegração de posse determinada pela Justiça. A fazenda foi invadida e desocupada cinco vezes em um ano.
Não houve resistência das famílias que ocupavam o local desde o dia 11 de junho. "Foi uma ação tranquila. Assim que chegamos os integrantes do movimento já começaram a desmontar as barracas" afirmou o tenente-coronel Salvador Loureiro Júnior.
Os sem-terra dizem que a empresa tem dívidas com o governo federal. "Ocupamos para agilizar o processo que existe contra a fazenda. Essas terras devem servir para pagamento das dívidas " disse Daniel da Silva, 37, integrante da direção regional do MST.
O advogado da empresa, Rogério Daia, 32, disse que desconhece o processo citado pelo MST e que os invasores ameaçaram e perseguiram funcionários da fazenda. De acordo com Daia, toda a plantação de cana-de-açúcar da área invadida foi perdida, e as cercas, furtadas.
O MST informou que não sabe para onde vão as famílias.


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