Ribeirão Preto, Quinta-feira, 07 de Julho de 2011 |
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Moradores "garimpam" em busca de bens DE RIBEIRÃO PRETO Desde o final da tarde de terça-feira e ontem, durante o dia todo, ex-moradores da favela da Família vasculharam os escombros deixados pelos tratores que derrubaram os barracos, após a ação da PM. Entre pedaços de madeira, arame, ferro retorcido e pequenos montes de entulho incendiados os desabrigados procuravam recuperar bens, dinheiro, roupas e documentos. O segurança Gilmar da Silva, 55, ficou durante a manhã de ontem separando e queimando tábuas do seu antigo barraco. Ele disse que é aposentado por motivos de saúde e que tentava encontrar algum bem que tivesse sobrado. "Só posso lamentar. Meus documentos e tudo o que eu tinha está embaixo desse monte de madeira." Questionado sobre o aviso prévio de que os moradores teriam de sair, Silva disse: "Na verdade, ficou uma confusão. Uns diziam que a gente ia ter de sair, depois outros falavam que não. No fim, ficou tudo em cima da hora". A desempregada Ana Maria Rodrigues de Moura, 50, afirmou que foi "arrancada" por um policial da casa onde morava com o marido e dois filhos. "Eu não tive tempo de fazer nada, nem de voltar para pegar a minha bolsa com os documentos." Ela contou ter retornado ao local anteontem e conseguido recuperá-los. "Mas as coisas do meu marido não consegui achar." O cenário de destruição também foi visitado por moradores de favelas próximas, que estavam em busca de algo que pudesse ser reaproveitado. Texto Anterior: OAB pede apuração de órgão de direitos humanos Próximo Texto: Frases Índice | Comunicar Erros |
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