DA FOLHA RIBEIRÃO

Um dia depois do anúncio de acordo entre a Ciretran e a Associação dos Proprietários de Auto-Escolas de Ribeirão Preto, que vai garantir a realização de 200 exames práticos por dia -o serviço estava parado-, o movimento de alunos e instrutores no Centro de Formação de Condutores, no Manoel Pena, voltou ao normal.
"Fiquei três semanas parado. Com essa notícia, voltamos correndo para preparar quem vai fazer a prova na semana que vem", disse o instrutor de trânsito Ronaldo Dias da Silva, 33.
A decisão beneficiou Érica Brito, 24, que perderia todo o tempo e dinheiro investido no processo de retirada da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) caso não fizesse a prova até o dia 30. "O prazo ia vencer e eu corria o risco de perder R$ 900."
Para a estudante Angélica Fernandes, 18, o prejuízo foi inevitável. Na espera para fazer a prova desde o início da greve dos policiais, em 16 de setembro, ela gastou cerca de R$ 400 em aulas extras para não perder a prática. "Era isso ou correr o risco de ser reprovada e ter que pagar a prova de novo", afirmou.
Os exames práticos voltam a ser feitos a partir de segunda. Há 4.000 candidatos esperando. Antes da greve eram feitos cerca de 250 provas diárias. "Só não sei como vai ser este corte. Vou com minha carga máxima de alunos e acho que todos farão isso", disse Celso de Castro, dono da Castro Auto-escola.


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