|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JUSTIÇA
Polícia e Promotoria investigam acusado de fraudar procurações
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Polícia Civil e o Ministério Público de Santa Rita do
Passa Quatro estão investigando um advogado suspeito
de ter fraudado procurações,
inclusive de pessoas mortas,
para receber diferença de
correções monetárias de planos econômicos.
Ontem à tarde, policiais civis ouviram quatro supostas
vítimas. O advogado José
Fernando Menon negou as
acusações e disse que foi enganado. Ele alega que um
mototaxista que lhe prestava
o serviço de recolher os documentos na casa dos clientes confessou que falsificava
as assinaturas.
A denúncia foi feita ao Ministério Público pela advogada Neusa Ugattis, que alega
ter 15 clientes vítimas das
falsas procurações, três deles
já mortos. O primeiro caso,
segundo ela, foi detectado
neste ano, quando viu uma
procuração com data de janeiro no nome de Marli Hilário, que morreu há dois anos.
A dona de casa Idalina
Benthlin da Costa, 59, conta
também ser vítima da fraude. Há uma procuração em
nome de seu pai, Arlindo
Benthlin da Costa, 78. "Eu
nem conheço esse advogado.
Minha família está arrasada,
porque meu pai era uma pessoa honesta."
A advogada afirma saber
pelo Fórum que há outras
300 vítimas em cidades da
região. Além do advogado,
Ugattis pedirá indenização
ao banco Nossa Caixa, por
entender que apenas um
funcionário poderia fornecer
a lista com nome e contas
bancárias de clientes afetadas pelo Plano Collor.
Em nota, a Nossa Caixa informou que cumpre as normas de sigilo bancário e que
protege os dados de clientes.
A nota diz que o banco está
investigando o fato.
O acusado não quis fornecer à Folha o nome do mototaxista, alegando que a investigação é sigilosa. Ele passou à reportagem um suposto celular do mototaxista,
mas ninguém atendeu.
Texto Anterior: Clima: Região tem a madrugada mais fria de 2010 Próximo Texto: Painel Regional Índice
|