Ribeirão Preto, Quinta-feira, 08 de Abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JUSTIÇA

Polícia e Promotoria investigam acusado de fraudar procurações

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Polícia Civil e o Ministério Público de Santa Rita do Passa Quatro estão investigando um advogado suspeito de ter fraudado procurações, inclusive de pessoas mortas, para receber diferença de correções monetárias de planos econômicos.
Ontem à tarde, policiais civis ouviram quatro supostas vítimas. O advogado José Fernando Menon negou as acusações e disse que foi enganado. Ele alega que um mototaxista que lhe prestava o serviço de recolher os documentos na casa dos clientes confessou que falsificava as assinaturas.
A denúncia foi feita ao Ministério Público pela advogada Neusa Ugattis, que alega ter 15 clientes vítimas das falsas procurações, três deles já mortos. O primeiro caso, segundo ela, foi detectado neste ano, quando viu uma procuração com data de janeiro no nome de Marli Hilário, que morreu há dois anos.
A dona de casa Idalina Benthlin da Costa, 59, conta também ser vítima da fraude. Há uma procuração em nome de seu pai, Arlindo Benthlin da Costa, 78. "Eu nem conheço esse advogado. Minha família está arrasada, porque meu pai era uma pessoa honesta."
A advogada afirma saber pelo Fórum que há outras 300 vítimas em cidades da região. Além do advogado, Ugattis pedirá indenização ao banco Nossa Caixa, por entender que apenas um funcionário poderia fornecer a lista com nome e contas bancárias de clientes afetadas pelo Plano Collor.
Em nota, a Nossa Caixa informou que cumpre as normas de sigilo bancário e que protege os dados de clientes. A nota diz que o banco está investigando o fato.
O acusado não quis fornecer à Folha o nome do mototaxista, alegando que a investigação é sigilosa. Ele passou à reportagem um suposto celular do mototaxista, mas ninguém atendeu.


Texto Anterior: Clima: Região tem a madrugada mais fria de 2010
Próximo Texto: Painel Regional
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.