DA FOLHA RIBEIRÃO

Ribeirão Preto registrou a segunda morte por dengue neste ano. A vítima foi a aposentada Leda de Oliveira, 46, que morreu no domingo passado no Hospital São Paulo, após 15 dias de internação. A morte por dengue hemorrágica foi confirmada ontem pela Secretaria da Saúde.
"Nós colhemos todos os dados e a morte foi, sim, por febre hemorrágica da dengue", disse a chefe da Vigilância Epidemiológica, Ana Alice de Castro e Silva. Uma bronquite asmática foi o que agravou o quadro da vítima, afirmou.
Leda morava na Vila Virgínia com a mãe, a aposentada Maria Ieda de Oliveira, 85. "Ela era a minha companheira", disse a mãe ontem à Folha. A família afirmou que Leda não teve diagnóstico de dengue em outros anos.
"Se ela teve dengue antes, ninguém soube", disse a única irmã de Leda, Maria Teresinha Gallão Bárbara, 51.
Ela disse que a irmã era muito querida na Vila Virgínia -com a mãe, Leda fazia crochê e pintava tapetes e guardanapos, peças que depois eram vendidas.
"A morte dela abalou toda a vizinhança", disse a dona de casa Maria Helena Scaranello da Silva, 67, vizinha de Leda e cujo marido, o aposentado Francisco Roberto da Silva, 70, já teve dengue.
Moradores da rua Paulo de Frontin, onde Leda vivia com a mãe, falam que apenas naquele trecho da Vila Virgínia 15 pessoas já foram contaminadas pela doença neste ano -o bairro já teve 339 casos.
No final de janeiro, Aparecida de Paula, 63, morreu de dengue hemorrágica na Beneficência Portuguesa. No dia 3 de janeiro, Maria Auxiliadora Alves, 51, também morreu com a doença, mas o caso foi computado entre os registros de 2009 porque os sintomas surgiram antes. (L.M.)


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