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8 alunos são feitos reféns em república
Estudantes, dentre eles cinco estrangeiros, foram alvos de ladrões anteontem à noite em São Carlos
LUIZA PELLICANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Oito estudantes de uma república de São Carlos foram
feitos reféns por três assaltantes anteontem à noite. Dos 11
moradores do local -três não
estavam no momento do assalto- cinco são estrangeiros que
estão na cidade para estudar,
estagiar ou trabalhar.
O roubo ocorreu às 20h30,
quando o espanhol Albert
Aguadé Borrull, 24, e um colega
de república voltavam de carro
de uma pizzaria. Dois homens
encapuzados e armados se
aproveitaram do momento em
que o portão da garagem se
abriu e anunciaram o assalto.
Outros seis moradores assistiam à TV na sala e também foram rendidos. Um dos rapazes
que não estava na casa chegou
quando o assalto ainda ocorria.
Ele gritou por socorro e tentou discutir com um terceiro
homem, que estava vigiando a
casa do lado de fora e o ameaçou com uma arma.
Já na casa, o trio vasculhou
os oito quartos e levou sete notebooks, alguns deles com trabalhos acadêmicos e teses dos
moradores, o passaporte de um
alemão, nove celulares, quatro
câmeras digitais, cerca de R$
200 em dinheiro, perfumes, tênis, três bicicletas e um relógio.
Os ladrões não conseguiram
roubar o carro dos moradores.
Antes de fugir, os assaltantes
amarraram os rapazes pelas
mãos e pernas com fios de telefone, que foram arrancados. A
ação levou cerca de 45 minutos.
"É uma sensação de insegurança grande, mas não podemos ficar reféns do medo. O
alemão ficou assustado porque
disse que morou 24 anos lá [na
Alemanha] e isso nunca aconteceu. Ele está ha dois meses
aqui", disse um dos estudantes,
Saulo Eduardo Alves, 28.
Dos cinco estrangeiros, são
dois alemães, um francês, um
colombiano e um espanhol.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais),
Geraldo Souza Filho, disse
acreditar que os assaltantes sejam moradores da cidade.
Nos últimos meses a polícia
registrou e investigou vários
casos semelhantes. Em nenhum deles, porém, os ladrões
eram os mesmos. "Por isso
acreditamos que não seja uma
quadrilha especializada."
Para o delegado, as repúblicas são assaltadas devido ao
descaso dos estudantes com a
segurança. "Em casa de família
não tem entra e sai", disse.
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