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Polícia se arma para possíveis ataques
Bases da polícia na região fecham as ruas e limitam o tráfego de veículos
Em Araraquara, rua em frente ao batalhão da Vila Ferroviária tem bloqueio; o mesmo acontece na base
do Corpo de Bombeiros
DA FOLHA RIBEIRÃO
As bases da Polícia Militar da
região de Ribeirão fecharam as
ruas dos batalhões desde ontem sob alerta de uma possível
onda de ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo a Folha apurou, em
pelo menos três localidades
-Franca, São Carlos e Araraquara-, os policiais se mobilizaram após a suposta informação de que a organização poderia fazer uma ação semelhante
à que ocorreu em 2006, quando ao menos 140 mortes tiveram relação com os ataques, de
acordo com o governo.
Segundo um policial civil de
São Carlos ouvido pela Folha, a
atenção especial no final de semana em que acontece o Dia
das Mães é adotada desde
2007, um ano após a série de
ataques do PCC. O ano eleitoral
fez essa atenção redobrar, ainda de acordo com o policial.
Em Araraquara, o alerta fez o
batalhão da Vila Ferroviária
bloquear uma das faixas. A outra via foi bloqueada por policiais que reforçavam a vigilância do local. A 200 m do local, o
Corpo de Bombeiros fez o mesmo procedimento: bloqueou a
rua em frente à corporação.
Em Ribeirão, nas unidades
da Polícia Militar e dos bombeiros visitadas pela Folha não
havia bloqueio. No entanto policiais confirmaram à reportagem a existência do alerta.
A Folha apurou com um delegado que o aviso dado pelo
PCC seria de que os integrantes da organização com dívida
superior a R$ 10 mil com o
"partido" seriam assassinadas.
Para os que devessem entre R$
5.000 e R$ 10 mil a ordem seria
matar um policial -para valor
inferior a R$ 5.000, o criminoso seria punido pelo PCC para
voltar ao grupo.
O promotor criminal de Ribeirão Luiz Henrique Pacini
Costa também foi informado
do alerta, mas disse achar que o
aviso seja mais "mística" do
que realidade em "razão do que
aconteceu em maio de 2006".
"Mas estão todos em alerta",
disse. A Folha não conseguiu
ouvir o promotor corregedor
dos presídios, Eliseu Berardo.
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