Ribeirão Preto, Sábado, 08 de Maio de 2010

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Polícia se arma para possíveis ataques

Bases da polícia na região fecham as ruas e limitam o tráfego de veículos

Em Araraquara, rua em frente ao batalhão da Vila Ferroviária tem bloqueio; o mesmo acontece na base do Corpo de Bombeiros


DA FOLHA RIBEIRÃO

As bases da Polícia Militar da região de Ribeirão fecharam as ruas dos batalhões desde ontem sob alerta de uma possível onda de ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo a Folha apurou, em pelo menos três localidades -Franca, São Carlos e Araraquara-, os policiais se mobilizaram após a suposta informação de que a organização poderia fazer uma ação semelhante à que ocorreu em 2006, quando ao menos 140 mortes tiveram relação com os ataques, de acordo com o governo.
Segundo um policial civil de São Carlos ouvido pela Folha, a atenção especial no final de semana em que acontece o Dia das Mães é adotada desde 2007, um ano após a série de ataques do PCC. O ano eleitoral fez essa atenção redobrar, ainda de acordo com o policial.
Em Araraquara, o alerta fez o batalhão da Vila Ferroviária bloquear uma das faixas. A outra via foi bloqueada por policiais que reforçavam a vigilância do local. A 200 m do local, o Corpo de Bombeiros fez o mesmo procedimento: bloqueou a rua em frente à corporação.
Em Ribeirão, nas unidades da Polícia Militar e dos bombeiros visitadas pela Folha não havia bloqueio. No entanto policiais confirmaram à reportagem a existência do alerta.
A Folha apurou com um delegado que o aviso dado pelo PCC seria de que os integrantes da organização com dívida superior a R$ 10 mil com o "partido" seriam assassinadas. Para os que devessem entre R$ 5.000 e R$ 10 mil a ordem seria matar um policial -para valor inferior a R$ 5.000, o criminoso seria punido pelo PCC para voltar ao grupo.
O promotor criminal de Ribeirão Luiz Henrique Pacini Costa também foi informado do alerta, mas disse achar que o aviso seja mais "mística" do que realidade em "razão do que aconteceu em maio de 2006". "Mas estão todos em alerta", disse. A Folha não conseguiu ouvir o promotor corregedor dos presídios, Eliseu Berardo.


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