Ribeirão Preto, Domingo, 08 de Maio de 2011

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Cresce busca por helicópteros em Ribeirão

Cidade tem a terceira maior frota de aeronaves do país, atrás apenas de duas capitais: São Paulo e Rio de Janeiro

Compra de helicópteros se tornou mais intensa há dois anos; município tem hoje até escola para formar novos pilotos

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Por um lado, a impaciência com o trânsito da capital e o caos aéreo. Por outro, o crescimento econômico da região. Esses dois fatores, combinados, têm estimulado a busca de empresários por helicópteros em Ribeirão.
O crescimento do setor coloca a cidade como a terceira maior frota no país -atrás apenas de duas capitais, São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com a Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero).
Não há um dado oficial, mas estima-se que a cidade possua entre 25 e 30 helicópteros particulares ou para táxi aéreo -somada a região, a frota pode chegar a 50 aeronaves do tipo.
Segundo o presidente do Aeroclube de Ribeirão, Olivo Lofiego Junior, a compra de aeronaves se tornou mais intensa há dois anos.
O perfil de quem procura essa forma de transporte rápido, diz, é do alto executivo -usineiros, empresários do setor citrícola e donos de construtoras, entre outros.
"Ele [alto executivo] sai da casa dele [no interior] de helicóptero e vai até o escritório na avenida Paulista. Além de rápido, é seguro contra assaltos e sequestros", afirmou Lofiego Junior.
Para adquirir um helicóptero, é preciso desembolsar pelo menos R$ 1 milhão. Os custos de manutenção variam -para uma média de 20 horas por mês de voo, são gastos, no mínimo, R$ 25 mil. Voar de Ribeirão à capital não sai por menos de R$ 1.000.
A demanda no país por esse tipo de transporte está tão aquecida que há dois meses surgiu na cidade uma escola só para piloto de helicóptero.
Com isso, alunos que tinham de se deslocar para Campinas e capitais de outros Estados podem hoje fazer aulas práticas em Ribeirão (leia texto nesta página).

PERFIL
O perfil de desenvolvimento da cidade explica o interesse por helicópteros, avalia o comandante Ruy Flemming, diretor da Abraphe.
"Uma boa dica para explicar a situação de Ribeirão é que normalmente os helicópteros estão onde há grande crescimento econômico."
Para quem não tem seu próprio helicóptero, uma opção é o chamado táxi aéreo. Em Ribeirão, o serviço é executado pela empresa ABC, com sede no Novo Shopping.
A cidade também abriga a Power Helicópteros, empresa que, no país, é a segunda revenda autorizada da Robinson, uma das marcas mais procuradas.

NO TOPO
Ribeirão possui hoje de 10 a 12 helipontos -locais destinados a pousos e decolagens. Boa parte está no alto de edifícios na cidade.
Um dos mais recentes, com iluminação destacada, é o do edifício Spasse Office, na avenida Maurilio Biagi, da construtora Copema.
Foi a construtora Pereira Alvim, porém, uma das pioneiras em criar helipontos. Em 1999, o Edifício New Century foi o primeiro comercial da cidade com heliponto.
O próprio dono da construtora, José Roberto Pereira Alvim, tem duas aeronaves e as utiliza também para se locomover em Ribeirão.
Em 2007, foi erguido um heliponto no condomínio residencial Guaporé. Um ano depois, o edifício Sequóia, na av. João Fiúsa, surgia como prédio residencial com opção de pouso para helicóptero.


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