Ribeirão Preto, Domingo, 08 de Maio de 2011

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Recorte vira padrão em tapa-buraco

Procedimento adotado agora em todos os buracos com mais de 40 cm é considerado adequado por especialistas

Gastos com contrato emergencial para a execução do serviço custaram a Ribeirão R$ 1,5 milhão a mais

DE RIBEIRÃO PRETO

A Prefeitura de Ribeirão Preto decidiu adotar um procedimento padrão e considerado mais adequado por especialistas para arrumar os buracos com mais de 40 centímetros de diâmetro no asfalto da cidade.
Diferentemente do que acontecia há menos de um mês, todas as falhas com essa dimensão passam a ter o asfalto do entorno "recortado" em forma retangular, aplicação de uma espécie de cola na base e cobertura com massa asfáltica quente.
A mudança de procedimento representou um gasto de R$ 1,5 milhão a mais para o município em um contrato emergencial de três meses.
Para efeito de comparação, até o final de março eram gastos R$ 2,3 milhões por ano com o serviço de tapa-buraco.

DESPERDÍCIO
Antes, na maioria dos casos, o trabalho consistia em atirar sobre o buraco o produto frio e em geral menos resistente. Em seguida, o material era compactado no chão.
Dessa forma, o serviço chegava a durar menos de 30 dias, como mostrou a Folha em 15 de março.
De acordo com o secretário da Infraestrutura, Iussef Miguel Iun, a determinação da prefeitura para a adoção da nova técnica aconteceu para melhorar a qualidade e a durabilidade do serviço.
Segundo ele, até as empresas que já prestavam serviço para a prefeitura antes receberam ordem para adotar o método. "A diferença é que no caso delas a prefeitura continua fornecendo o material", disse o secretário.
Pelo edital da contratação emergencial, mais cara, a massa utilizada para remendar o asfalto é fornecida pela empresa que faz o serviço, assim como mão de obra, veículos e funcionários.
De acordo com o Iun, os buracos com menos de 40 centímetros continuarão sem receber o novo tratamento dos demais. O que é "normal", segundo ele.
"Não é um procedimento errado. Essa técnica é utilizada com frequência por algumas empresas. Às vezes, a gente tem na rua um buraco do tamanho de uma mão. Não precisa fazer o recorte", afirmou o secretário.
O contrato de R$ 2,3 milhões por ano está prestes a terminar, segundo a prefeitura, e um novo será licitado, mas já nos moldes da contratação emergencial.
O novo custo estimado pelo governo é de aproximadamente R$ 4,8 milhões.


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