Ribeirão Preto, Sexta-feira, 08 de Julho de 2011

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UFSCar apura abuso de alunos no campus

Suposto estudante de São Carlos utilizou panela industrial como ofurô; imagem foi divulgada em redes sociais

Grupo que ocupou o restaurante do campus afirma que a ação do rapaz não fazia parte do protesto por melhorias


VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) vai apurar o que considera uso indevido de equipamentos na ocupação do restaurante universitário por um grupo de alunos de São Carlos.
Fotos publicadas em redes sociais na internet mostram um suposto aluno dentro de uma panela usada para cozimento dos alimentos. A imagem ficou conhecida como o "ofurô da UFSCar" e causou reações na comunidade.
Os alunos responsáveis pela ocupação confirmaram que o estudante é da UFSCar e que a panela é mesmo do restaurante, mas negaram, em nota divulgada ontem, que o ato de vandalismo tenha sido incentivado.
"Tal atitude foi impulsionada por motivos pessoais, que não levaram em consideração o quadro de funções e responsabilidades coletivas assumidas pelo grupo", diz o documento dos alunos.
A ocupação foi feita logo após o início da greve dos funcionários da universidade, iniciada em 6 de junho.
O grupo, que está em processo de desocupação após acordo com a reitoria, pede melhores condições de trabalho e salário para os servidores, além de garantias estudantis como participações nas decisões do campus. A greve dos servidores continua.
A reitoria da universidade informou ontem que está tomando providências para que seja aberta uma comissão para apurar o caso. A medida, segundo a UFSCar, está prevista no regimento interno.
O nome do suposto aluno e o curso que frequenta não foram divulgados. Na internet, estudantes reprovaram a iniciativa e levantaram suspeitas sobre a participação de servidores no caso. A direção do sindicato disse desconhecer tal participação.
A universidade não informou se apura a existência desse envolvimento. O grupo da ocupação disse que o aluno não faz mais parte das ações de protesto. "Ele participou do movimento por poucos dias", diz a nota do grupo.
Segundo o aluno de música Igor Giangrossi, 25, a cozinha é operada atualmente pelos próprios alunos, apesar das férias. Quando a Folha esteve no local, quatro alunos cuidavam da área.

Colaborou SILVA JUNIOR


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