DE RIBEIRÃO PRETO

Cerca de 200 médicos-assistentes do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto, acompanhados de seus familiares, fizeram um protesto ontem na entidade reivindicando maiores salários.
Eles estão em greve há nove dias. Todos os atendimentos que não são urgentes estão sendo remarcados.
Segundo Ulysses de Matos, diretor adjunto do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) em Ribeirão, o protesto foi feito para sensibilizar o governo. Os médicos disseram que vão enviar uma carta a Geraldo Alckmin (PSDB), cobrando resposta.
Além de aumento salarial, os médicos pedem o reembolso dos descontos da paralisação de abril. Segundo Matos, a cobrança é ilegal porque não houve negociação.
Caso não haja acordo, os médicos dizem que vão acionar a Justiça contra o HC.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que vai encaminhar à Assembleia Legislativa um novo plano de cargos e salários para votação. Se aprovado, será retroativo ao dia 1º de julho.
Já na Santa Casa, o impasse é entre médicos e prefeitura. Anteontem, em assembleia, os médicos decidiram manter a suspensão do atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a partir do dia 29, mesmo após a prefeitura repassar R$ 1,5 milhão.
Em nota, os médicos informam que o repasse veio com um deficit de R$ 110,6 mil.
Eles também cobram o pagamento de R$ 678 mil, referente a maio. A prefeitura não quis comentar o caso.


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