Ribeirão Preto, Quinta-feira, 08 de Setembro de 2011

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Câmara proíbe rodeios em Araraquara

Prefeito afirma que decidiu apresentar o projeto de lei para evitar investidas de comitivas de outros municípios

Estão fora da proibição provas de hipismo, cavalgadas e leilões, que não expõem animais a sofrimento

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Rodeios, touradas, vaquejadas ou qualquer outro tipo de atividade em que os animais sejam expostos a violência agora devem ser proibidos por lei em Araraquara.
Anteontem, a Câmara de Vereadores aprovou um projeto de lei sobre a proibição, de autoria da prefeitura. De acordo com o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), a lei deverá ser sancionada ainda nesta semana.
Em março do ano passado, o prefeito vetou um projeto de lei semelhante, mas acabou impondo regras rígidas para a realização dos rodeios no município -entre as regras, o peemedebista proibiu que os apetrechos usados nas montarias causassem ferimentos nos animais.
"Na época, o veto foi dado porque não tínhamos feito uma consulta à população", disse. O assunto voltou à tona, segundo ele, depois que uma comitiva procurou a Câmara para a realização de uma festa de rodeio.
Vários debates foram feitos ao longo do ano entre a prefeitura, entidades de proteção aos animais, veterinários e até grupos que realizam rodeios pelo país.
"Decidimos apresentar o projeto de lei para evitar novas tentativas de investimentos futuros de comitivas na cidade", afirmou o prefeito.
O vereador João Farias (PRB) apresentou emenda ao projeto de lei, em que há a ressalva para atividades em que os animais não são expostos a sofrimentos, como leilões, cavalgadas e hipismo.
"É preciso que se faça uma revisão nos esportes onde há maus-tratos a animais. O que ocorreu em Barretos, por exemplo, foi lamentável e inaceitável", disse ele, referindo-se à morte de um bezerro depois de uma prova de imobilização e à paralisação das duas patas traseiras de um touro durante a última edição da Festa do Peão, que aconteceu no mês passado.
A organização do evento de Barretos negou maus-tratos, mas os fatos contribuíram para ONGs ampliarem a disputa contra os rodeios.

(GABRIELA YAMADA)



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