Ribeirão Preto, Sexta-feira, 09 de Janeiro de 2009

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HC tem orçamento 40% maior neste ano

Hospital de Ribeirão, que vai receber R$ 277 milhões do Estado, prevê investimento em infraestrutura nas duas unidades

Incremento vai bancar o prêmio-incentivo pago aos funcionários; obra do HC Criança continua a depender de verbas extras

Edson Silva/ Folha Imagem
Carros estacionam em local proibido no HC; construir um novo estacionamento, já que o atual vive lotado, é um dos planos

MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Com Orçamento 39,64% maior que o do ano passado, o HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão, principal centro hospitalar num raio de 200 km e vinculado à USP (Universidade de São Paulo), prevê em 2009 obras de infraestrutura para resolver sérios problemas, como a falta de alarme de incêndio na unidade de emergência e a ampliação do estacionamento, hoje saturado.
O Orçamento, recorde, será de R$ 277,3 milhões que, somado aos R$ 108 milhões previstos de repasses do SUS (Sistema Único de Saúde), fará com que a receita só não seja superior à de duas das 89 cidades da região -Ribeirão e São Carlos.
O incremento se deve a negociações com a Secretaria de Estado da Saúde para ampliação de repasses visando o custeio do HC, o que fará com que a Faepa (Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência), vinculada ao HC, deixe de destinar recursos para isso.
Além disso, o valor previsto para investimento, que foi de R$ 2,5 milhões em 2008, será de R$ 6 milhões em 2009 -em 2007, foi de R$ 5,2 milhões. Com os R$ 4 milhões que devem ser repassados pela Faepa, o total chegará a R$ 10 milhões.
"A secretaria está repassando mais para materiais de consumo, do custeio. Parte disso era pago com dinheiro da Faepa e agora estão colocando mais recursos para liberar o dinheiro da Faepa para dar o prêmio-incentivo aos funcionários", disse o superintendente do HC, Milton Laprega.
O prêmio substituiu no ano passado o vale-refeição e varia de R$ 450 (nível básico) a R$ 1.070 (médicos) mensais.
Os investimentos serão feitos no campus e na UE (Unidade de Emergência) e foram definidos anteontem. Serão destinados a reformar os ambulatórios para adequar a área de coleta de sangue e de material, instalar alarmes de incêndio no campus e na UE, fazer um novo estacionamento -hoje saturado- e criar um banco de tecidos na unidade de emergência.
"Nossa [área de] coleta está muito ruim e nunca tivemos alarmes de incêndio na unidade de emergência."
Outros investimentos previstos são a ampliação do número de leitos no CTI e a modernização ou troca de equipamentos que faltam ou quebram. "Queremos substituir os raios-X que ainda usam filme para digital. Já começamos a implantar isso na UE, mas faremos a substituição no campus também", disse Laprega.
Apesar da alta recorde, o Orçamento não prevê um centavo ao HC Criança, que está sendo construído anexo ao hospital e só terá recursos extras. Até agora, a obra teve investimentos de R$ 6 milhões, mas são precisos pelo menos outros R$ 20 milhões para a conclusão.
Segundo o coordenador do HC Criança, Hélio Rubens Machado, neste ano está sendo concluída a primeira fase. "Na fase atual, significa subir a estrutura até o sexto andar, fechar e entregar. Na próxima, será feito o acabamento e as instalações de eletricidade, água e o revestimento interno. É a parte mais pesada", disse.
Apesar de a previsão de conclusão ser de até três anos, Machado afirmou que o plano é terminar logo o ambulatório, no segundo andar.
"Pularíamos o primeiro andar e faremos o segundo, que coincide com o ambulatório do HC. A previsão é de um ano de obras, entregando até março de 2010." Campanhas de arrecadação já resultaram em R$ 2 milhões em doações.
Laprega disse que, se colocar obras do HC no Orçamento normal, não conseguiria fazer outros investimentos.


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