Ribeirão Preto, Sexta-feira, 09 de Janeiro de 2009

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Filantrópicos negociam subsídio mensal

Beneficência Portuguesa e Santa Casa propõem à Prefeitura de Ribeirão dobrar leitos de pronto atendimento

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os dois principais hospitais filantrópicos de Ribeirão Preto -Beneficência Portuguesa e Santa Casa- negociam com a Secretaria da Saúde o repasse de um subsídio mensal da prefeitura para o financiamento do atendimento de urgência e emergência, o principal gargalo da rede pública municipal.
Segundo o diretor técnico da Beneficência Portuguesa, José Victor Nonino, o hospital está disposto a dobrar o número de leitos do pronto atendimento -hoje são seis-, desde que o município pague as despesas com plantão médico, que chegariam a R$ 185 mil mensais, levando-se em conta os valores pagos aos plantonistas contratados pela prefeitura.
"É preciso haver um equilíbrio entre as vagas que existem na enfermaria e as vagas do pronto atendimento. Às vezes, nós temos vagas sobrando na enfermaria, mas não conseguimos atender a urgência e emergência", disse Nonino.
Segundo a secretária da Saúde, Carla Palhares, é possível que a prefeitura firme uma parceria mais ampla com os filantrópicos para reforçar o atendimento emergencial.
"Um dos meus diagnósticos é que há necessidade de ampliar a capacidade de atendimento na urgência e emergência e essa [subsídio dos filantrópicos] é uma das possibilidades que estamos analisando", disse.
Hoje, o pronto atendimento para pacientes do SUS funciona nas cinco UBDSs (Unidades Básicas Distritais de Saúde) da cidade. O encaminhamento de pacientes para os filantrópicos é feito a partir da regulação médica da prefeitura.
Palhares disse que a prefeitura estuda formas de ampliar o papel dos filantrópicos no atendimento emergencial. "Os hospitais ficariam responsáveis pelo atendimento dos pacientes. Uma coisa é uma pessoa acidentada ficar esperando vaga de internação em uma UBDS. Outra é ela ser atendida em um hospital, onde há muito mais estrutura", disse.
A Folha não conseguiu ouvir ontem o provedor da Santa Casa de Ribeirão, Dácio Campos. No ano passado, porém, ele disse que reivindicou à equipe de transição da prefeita Dárcy Vera (DEM) um subsídio mensal fixo, e não o repasse de recursos de forma emergencial como ocorreu no final de 2008.


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