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Filantrópicos negociam subsídio mensal
Beneficência Portuguesa e Santa Casa propõem à Prefeitura de Ribeirão dobrar leitos de pronto atendimento
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os dois principais hospitais
filantrópicos de Ribeirão Preto
-Beneficência Portuguesa e
Santa Casa- negociam com a
Secretaria da Saúde o repasse
de um subsídio mensal da prefeitura para o financiamento do
atendimento de urgência e
emergência, o principal gargalo
da rede pública municipal.
Segundo o diretor técnico da
Beneficência Portuguesa, José
Victor Nonino, o hospital está
disposto a dobrar o número de
leitos do pronto atendimento
-hoje são seis-, desde que o
município pague as despesas
com plantão médico, que chegariam a R$ 185 mil mensais,
levando-se em conta os valores
pagos aos plantonistas contratados pela prefeitura.
"É preciso haver um equilíbrio entre as vagas que existem
na enfermaria e as vagas do
pronto atendimento. Às vezes,
nós temos vagas sobrando na
enfermaria, mas não conseguimos atender a urgência e emergência", disse Nonino.
Segundo a secretária da Saúde, Carla Palhares, é possível
que a prefeitura firme uma parceria mais ampla com os filantrópicos para reforçar o atendimento emergencial.
"Um dos meus diagnósticos é
que há necessidade de ampliar
a capacidade de atendimento
na urgência e emergência e essa
[subsídio dos filantrópicos] é
uma das possibilidades que estamos analisando", disse.
Hoje, o pronto atendimento
para pacientes do SUS funciona
nas cinco UBDSs (Unidades
Básicas Distritais de Saúde) da
cidade. O encaminhamento de
pacientes para os filantrópicos
é feito a partir da regulação médica da prefeitura.
Palhares disse que a prefeitura estuda formas de ampliar o
papel dos filantrópicos no atendimento emergencial. "Os hospitais ficariam responsáveis
pelo atendimento dos pacientes. Uma coisa é uma pessoa
acidentada ficar esperando vaga de internação em uma
UBDS. Outra é ela ser atendida
em um hospital, onde há muito
mais estrutura", disse.
A Folha não conseguiu ouvir
ontem o provedor da Santa Casa de Ribeirão, Dácio Campos.
No ano passado, porém, ele disse que reivindicou à equipe de
transição da prefeita Dárcy Vera (DEM) um subsídio mensal
fixo, e não o repasse de recursos de forma emergencial como ocorreu no final de 2008.
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