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Para polícia, índice reflete a violência
da Folha Ribeirão
Representantes da polícia afirmam que o grande número de
mandados de prisão a serem cumpridos é um reflexo do aumento da
violência na cidade.
Segundo o coordenador operacional da Polícia Militar de Ribeirão Preto, Otávio Ferreira Pedroso
Filho, o número de prisões feitas
pela corporação está aumentando.
"No ano passado, efetuamos
1.877 prisões. Neste, já fizemos
praticamente 1.000, o que mostra
que estamos fazendo um trabalho
ostensivo para colocar as pessoas
na cadeia", disse o policial.
Para Pedroso Filho, é necessário
providenciar locais para que as penas possam ser cumpridas com rigidez e que os presos consigam ser
recuperados.
"Um dos grandes motivos para
esse número de mandados acumulados é que a reincidência dos criminosos é muito alta. Ele vai para a
cadeia e não consegue se recuperar. Ao contrário, aprende a cometer mais crimes."
O diretor da Cadeia Pública de
Ribeirão Preto, Cláudio Ottoboni,
também concorda que os altos números de mandados se relacionam
com o aumento da violência.
"O índice de violência é muito alto e nem sempre temos condições
de colocar todo mundo na cadeia",
disse o delegado.
O diretor do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), Luiz Roberto Ramada Spadafora, afirmou que o governo do
Estado está preocupado em aumentar o número de vagas para
presos em cadeias.
"Estamos construindo várias cadeias por todo o interior do Estado
e teremos chance de dar uma condição digna para os presos ou pelo
menos aumentar o espaço para
que mais criminosos sejam detidos", afirmou Spadafora.
Para o delegado-seccional de Ribeirão Preto, Alexandre Jorge
Daur, é fundamental que a Justiça
se utilize do recurso das penas alternativas para tentar diminuir o
número de mandados de prisão e a
lotação nas cadeias.
"A partir do momento em que se
possa desafogar o sistema, estaremos abrindo a possibilidade de
cuidarmos com mais clareza dos
mandados de prisão. Isso já começou a ser feito, com a informatização do controle de mandados que
foi implantada na delegacia."
O promotor da Vara das Execuções Criminais, Djalma Marinho
Cunha Filho, afirmou que não é o
aumento do uso de penas alternativas que irá diminuir a concessão
de mandados de prisão.
"A Justiça se utiliza ao máximo
das penas alternativas e só concede
um mandado de prisão em casos
em que não existe a mínima possibilidade de substituição", disse.
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