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"Terceiro" contesta preço pago por usinas
DA FOLHA RIBEIRÃO
Além do excesso de trabalho e de peso e da falta
de folgas, o valor pago pela
tonelada é outra reclamação dos motoristas transportadores de cana.
Segundo o presidente
do sindicato dos motoristas de Guariba, Fábio Luchi, o preço da tonelada
não muda há 15 anos. O
motorista terceirizado Orlando Lovato, que trabalha
no com cana desde 1983,
afirma que é difícil se sustentar sem os reajustes.
"Tudo sobe, o combustível, o pneu, o custo de vida,
menos a tonelada da cana", disse.
O valor pago pela tonelada varia de acordo com a
distância da área de colheita onde os motoristas
vão buscar a cana. Para cana buscada numa área a
100 km, uma das maiores
distâncias, o valor gira em
torno de R$ 15 por tonelada. Já em distância menores, como dez quilômetros, o preço varia de R$ 4
a R$ 5 a tonelada.
Um treminhão terceirizado fatura, em média, R$
40 mil por mês com o
transporte. Porém, donos
dos veículos reclamam dos
altos custos. O financiamento do veículo, por
exemplo, consome, em
média, R$ 5 mil mensais.
O mecânico de caminhões Clodoaldo Aguiar,
38, que tem uma oficina
em Pontal, disse que a
maioria dos motoristas
terceirizados enfrenta dificuldades. "Ficaram me
devendo R$ 48 mil no ano
passado. Hoje, seleciono
clientes."
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