Ribeirão Preto, Domingo, 09 de Outubro de 2011

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Ao lado de moradias 'vitrines' de Dárcy, parque é só mato

Parque ecológico Rubem Cione, no Jardim Paiva, possui apenas um pórtico e uma guarita, pichados

Local foi 'inaugurado' em 2008, sem cerca total; crianças brincam em córrego onde uma sucuri foi encontrada

DE RIBEIRÃO PRETO

Ao lado dos apartamentos e casas populares do Jardim Paiva, uma das vitrines do governo Dárcy Vera (PSD), um portal anuncia a existência de um parque que ainda está só no papel.
Cheio de mato e sem sinal de obras no interior, o Parque Ecológico e Social Dr. Rubem Cione possui apenas um pórtico e uma guarita, toda pichada e com vidros blindex quebrados.
Os pais temem pela segurança das crianças.
O local foi inaugurado no final do governo do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB), em dezembro em 2008.
Em 2009, a prefeita Dárcy chegou a apresentar um projeto de implantação do parque, mas nem o cercamento completo da área foi feito.
O que há é uma placa colocada pela gestão Dárcy para evitar depósito de lixo.
"O parque Rubem Cione está acontecendo. As obras estão sendo realizadas", diz o anúncio. A cerca, porém, só existe próxima ao portal e qualquer pessoa pode entrar nos 250 m˛ da área.
Funcionários terceirizados que estavam no local na última sexta-feira disseram que começaram a instalar mais cercas há dois meses.

'LAGO DA SUCURI'
Moradores dos blocos do Wilson Toni ao lado do parque reclamaram que as crianças facilmente entram na mata e brincam no córrego, sem nenhuma segurança.
Até uma sucuri foi encontrada há um mês no córrego e retirada pelos bombeiros, conta a auxiliar de limpeza Júlia Gracielly Marques, 27.
"Eu tenho um menino de dez anos que não sai de lá [do parque]. Falo para ele não ir, mas não tem jeito. A gente não trabalha com a cabeça sossegada", disse.
Mães reclamam de não poderem usar o parque como opção de lazer. É o caso da dona de casa Edinélia Dias da Silva, 30, que tem um adolescente de 14 anos que utiliza cadeira de rodas e uma menina de quatro anos.
Ela diz que os espaços verdes no entorno dos blocos acabam sendo usados por crianças maiores para jogar bola, que pode atingir seus filhos.
"Se o parque estivesse funcionando, seria uma mão na roda, porque eu teria onde levá-los para brincar. Como não tenho, eles acabam ficando em casa mesmo."
O secretário de Obras Públicas de Ribeirão Preto, Abranche Fuad Abdo, afirmou que o parque já estava no cronograma, mas que houve complemento de projeto, o que gerou atraso.
As obras devem começar em janeiro, com previsão de entrega do parque em meados de 2012, ao custo total de R$ 3 milhões. (JULIANA COISSI)


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