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Cidades não têm nenhum assassinato há oito anos
Seis municípios não registram esse tipo de crime pelo menos desde 2001
Santo Antônio da Alegria, Buritizal, Santa Cruz da Esperança, Nuporanga, Trabiju e Taquaral têm menos de 7.000 pessoas
DA FOLHA RIBEIRÃO
Enquanto para as maiores cidades a queda da taxa de homicídios é uma novidade, para os
moradores de Buritizal, Nuporanga, Santa Cruz da Esperança, Santo Antônio da Alegria,
Taquaral e Trabiju, esse tipo de
crime está só na lembrança.
Lá não há assassinatos há pelo menos oito anos, desde 2001,
quando foi criado o sistema de
divulgação de dados da violência pelo governo. Todas têm
menos de 7.000 moradores.
Em Taquaral, um grupo de
seis amigos reunidos para um
jogo de cartas na rua, em plena
quarta-feira, mostra a sensação
de tranqüilidade na cidade. "O
último [homicídio] que aconteceu por aqui foi a polícia quem
praticou. Eles mataram um
menino que era conhecido de
todo mundo. Foi em 2000",
disse o aposentado Ivo Bolaina,
73, há 50 anos na cidade.
Segundo a polícia, que mantém lá apenas uma base operacional, com dois funcionários, o
número de boletins de ocorrência não passa de sete por
mês. "Trabalhava em Jaboticabal e foi um choque quando vim
para cá", disse o policial militar
Sérgio Roque. "É bom saber
que quem quer pode buscar
tranqüilidade em algum lugar",
afirmou o pesquisador da USP,
Sérgio Kodato.
Trabiju, menor cidade da região, com 1.507 habitantes, é a
que mais perto chega do ideal
de segurança. Ainda não registrou nenhum assalto, roubo ou
furto de carro neste ano. Além
de perdas de documentos, a delegacia local só trabalhou para
registrar quatro furtos no comércio.
(ROBERTO MADUREIRA)
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