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Estudo lista aves que "habitam" aeroporto
Pesquisa catalogou ao menos 25 espécies que oferecem riscos aos aviões que pousam na pista do Leite Lopes
Estudo vai planejar estratégia para retirada dos pássaros; em 2009 houve cinco colisões entre aves e aviões
Silva Junior/Folhapress
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Com urubu sobre o alambrado do aeroporto, avião da companhia Passaredo pousa na pista do Leite Lopes, em Ribeirão
DE RIBEIRÃO PRETO
Ao menos 25 espécies de
aves sobrevoam o aeroporto
Leite Lopes, em Ribeirão, colocando em risco as aeronaves que decolam ou pousam
no local. É o que mostra levantamento feito pelo Daesp
(Departamento Aeroviário
do Estado de SP), em parceria com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Os trabalhos começaram
há três meses e devem prosseguir até setembro de 2011,
quando será possível traçar
estratégias para retirada das
aves da área do aeroporto.
A bióloga Ana Carla Aquino vai duas vezes por mês ao
aeroporto para catalogar as
espécies de aves, de onde
elas vêm e os motivos que as
levaram para a região.
"Precisamos levantar as
características de cada ave
para saber quais medidas devem ser tomadas para acabar
com essa migração e evitar
acidentes", afirmou.
Entre as espécies de aves
mais comuns encontradas
no Leite Lopes estão os quero-queros, as corujas, os
pombos e os urubus.
"Numa das análises contei
65 urubus na cabeceira da
pista em um intervalo de cinco minutos. É muita ave e o
perigo de colisão ou sucção
pelas turbinas é grande."
Um dos principais problemas que contribui para atrair
os urubus para a região é um
terreno da prefeitura ao lado
da pista, onde há entulho, lixo e até carcaças de animais.
Por meio de sua assessoria, a prefeitura diz que faz
limpezas regulares no local,
mas que ainda assim a população continua jogando lixo.
As aves são riscos reais para a aviação. Anteontem, um
avião da Esquadrilha da Fumaça que fazia um show aéreo em Limeira, a 173 km de
Ribeirão, precisou fazer um
pouso de emergência depois
de bater em um urubu.
Dados do Cenipa (Centro
de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos)
mostram que 18% das colisões de aeronaves com pássaros registradas no Estado
durante o ano passado ocorreram em Ribeirão Preto.
Segundo o Cenipa, no Estado foram registradas 28 colisões, cinco delas em Ribeirão, ainda que sem gravidade. No Brasil foram 910: 110
com urubus, 136 com quero-queros e 468 com aves não
identificadas. Os dados deste
ano não foram divulgados.
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