Ribeirão Preto, Sábado, 10 de Outubro de 2009 |
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Carros parados lotam entorno de shopping
Veículos "expulsos" do RibeirãoShopping pela cobrança de estacionamento param em ruas do Jd. Canadá e em marginais
VERIDIANA RIBEIRO DA FOLHA RIBEIRÃO A cobrança de estacionamento no RibeirãoShopping, que começou a valer a partir de maio, "expulsou" parte dos carros do centro de compras e aumentou a ocupação de vagas em bairros do entorno, como o Jardim Canadá, e em locais proibidos, como marginais e ruas que dão acesso ao estabelecimento. Honyldo Pereira Pinto, presidente da Associação Amigos do Jardim Canadá, afirma que os moradores foram pegos de surpresa com o aumento do número de carros no bairro. Comerciantes do entorno do shopping dizem o mesmo. "Eles param em volta, param na frente [das lojas e das garagens]. Às vezes um cliente da loja quer parar e não consegue", disse Fernando Morais, 32, um dos proprietários de uma loja de iluminação instalada a poucos metros de uma das entradas do shopping. De acordo com a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, uma das complementares do Plano Diretor, a prefeitura deve exigir para shoppings uma vaga de estacionamento para cada 25 m2 de área total computável, que são os locais onde há circulação de pessoas, exceto banheiros, vestiários e espaços semelhantes. Segundo o arquiteto José Luiz de Almeida, chefe da Divisão de Sistema Viário da Secretaria de Planejamento e Gestão Pública, o RibeirãoShopping tem o número de vagas exigidos em lei -de acordo com a assessoria, são 2.889. Ainda assim, diz Almeida, a cobrança pelas vagas não deixa de ser polêmica, uma vez que o estacionamento pago "expulsa" carros para o entorno. "O que precisa ser considerado é: os carros que estão na rua agora são atraídos exclusivamente pelo shopping? Possivelmente não." William Latuf, superintendente da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto), diz, em nota, que não registrou reclamações significativas de munícipes sobre estacionamento de veículos na área de influência do shopping. A superintendência do centro de compras, via assessoria de imprensa, afirma que, antes do início da cobrança, preparou a sinalização do entorno em conjunto com a Transerp e que não tem registro de reclamação dos vizinhos. Desde maio, para estacionar os clientes pagam R$ 3 para a primeira fração (três horas) e R$ 1 por hora adicional. Prestadores de serviços, como pedreiros, arquitetos e empreiteiros, podem deixar o carro estacionado por até duas horas sem custo. Após o período, a taxa cobrada é de R$ 1. Os funcionários têm direito a um cartão que dá acesso ao bolsão de estacionamento localizado atrás do hotel Ibis, pelo custo de R$ 15 por bimestre. Segundo a assessoria do RibeirãoShopping, a implantação da cobrança foi necessária para evitar que a população do entorno ocupasse as melhores vagas do estacionamento. Próximo Texto: Ausência em universidades gera ação judicial Índice |
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