Ribeirão Preto, Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009

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Enchente deixa duas famílias ilhadas

Crianças aguardaram resgate por cinco horas, ontem, em Ribeirão Preto

Chuva deixa as avenidas Jerônimo Gonçalves, Francisco Junqueira, Fábio Barreto e Álvaro de Lima alagadas

Márcia Ribeiro/Folha Imagem
A dona-de-casa Denise de Oliveira Souza, 42, teve sua casa alagada

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Duas famílias ficaram ilhadas ontem, no bairro Vila Elisa, zona norte de Ribeirão Preto, depois que a chuva da madrugada fez o lago do Dito Cabrito inundar uma área de seis quarteirões entre as ruas São Carlos, Ribeirão Preto e Itu.
Durante mais de cinco horas, duas crianças ficaram esperando resgate em cima do guarda-roupas de uma das casas. Orlando Rodrigues da Silva Júnior, 13, e Fábio Eduardo de Oliveira Souza, 5, são filhos da cantora Denise de Oliveira Souza, 42, que colocou os meninos em cima do móvel para acionar o socorro pelo telefone público, instalado a 200 m.
A vizinha de Souza, a dona-de-casa Maria de Fátima Marcelino, 52, também desalojada, foi quem conseguiu contato com a Defesa Civil já de manhã, por volta das 8h30. O Corpo de Bombeiros foi acionado e retirou as crianças da casa em um bote salva-vidas.
Além da Vila Elisa, a Defesa Civil registrou pontos de alagamento em regiões tradicionalmente afetadas por enchentes na cidade, como as avenidas Jerônimo Gonçalves, Francisco Junqueira e Fábio Barreto, na região central, e a avenida Álvaro de Lima, na Vila Virgínia.
Segundo João Alberto Sahd, coordenador da Defesa Civil do município, em nenhuma das avenidas a água das chuvas invadiu lojas ou casas. "Foi uma chuva constante, que começou por volta das 2h e só foi parar por volta das 4h." A chuva atingiu 14 mm, de acordo com a Defesa Civil do Estado.
Souza, que vive no local há oito anos, reclamou de um problema de entupimento em uma galeria de água pluvial, que segundo o Daerp não existe. Segundo Sérgio Linardi, chefe da divisão de esgoto da autarquia, na região onde houve o alagamento o lençol freático fica a apenas 50 metros da superfície e, quando chove, ele aflora, provocando alagamentos no entorno. Para Linardi, a solução técnica para o problema seria a construção de galerias e drenos para o lago naquela região.


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