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Com chuva, usina queima 1.990 "Maracanãs"
A prática foi autorizada pela Cetesb em 16,4 mi de m2 entre fevereiro e março deste ano
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
Mesmo em período de chuva e na época da entressafra,
plantadores de cana na região de Ribeirão receberam
autorização do Estado para
queimar 16.418.200 metros
quadrados de canaviais de 27
de fevereiro a 21 de março.
A quantidade equivale a
1.990 campos de futebol
iguais ao do Maracanã, de
8.250 m2.
As áreas referem-se apenas a canaviais em Altinópolis e Batatais, que fornecem
cana à usina Batatais.
Os dados estão relacionados no site da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo), responsável
por autorizar ou vetar queimadas para a colheita.
De acordo com o gerente
do projeto Etanol Verde da
Cetesb, Ricardo Viegas, essas
autorizações solicitadas pela
usina Batatais são ainda resquícios da safra passada.
A Cetesb abriu no dia 15 de
fevereiro o prazo para os usineiros inscreverem os novos
trechos de canavial a serem
queimados ao longo da próxima safra, que começa entre
os meses de abril e maio.
Do último dia 15 até ontem, segundo Viegas, a Cetesb já recebeu 25 mil requerimentos para queima da cana. Em média, o Estado recebe por ano de 55 a 60 mil requerimentos.
Em 2010, o tempo seco
provocou um aumento de incêndios não previstos nos canaviais. Uma das explicações, segundo Viegas, é a
mudança no clima.
"Temos notado que aumentou o ciclo de dias com
menos de dez milímetros de
chuva. Tivemos três meses
de seca muito forte."
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