Ribeirão Preto, Sexta-feira, 11 de Março de 2011

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Com chuva, usina queima 1.990 "Maracanãs"

A prática foi autorizada pela Cetesb em 16,4 mi de m2 entre fevereiro e março deste ano

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Mesmo em período de chuva e na época da entressafra, plantadores de cana na região de Ribeirão receberam autorização do Estado para queimar 16.418.200 metros quadrados de canaviais de 27 de fevereiro a 21 de março.
A quantidade equivale a 1.990 campos de futebol iguais ao do Maracanã, de 8.250 m2.
As áreas referem-se apenas a canaviais em Altinópolis e Batatais, que fornecem cana à usina Batatais.
Os dados estão relacionados no site da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), responsável por autorizar ou vetar queimadas para a colheita.
De acordo com o gerente do projeto Etanol Verde da Cetesb, Ricardo Viegas, essas autorizações solicitadas pela usina Batatais são ainda resquícios da safra passada.
A Cetesb abriu no dia 15 de fevereiro o prazo para os usineiros inscreverem os novos trechos de canavial a serem queimados ao longo da próxima safra, que começa entre os meses de abril e maio.
Do último dia 15 até ontem, segundo Viegas, a Cetesb já recebeu 25 mil requerimentos para queima da cana. Em média, o Estado recebe por ano de 55 a 60 mil requerimentos.
Em 2010, o tempo seco provocou um aumento de incêndios não previstos nos canaviais. Uma das explicações, segundo Viegas, é a mudança no clima.
"Temos notado que aumentou o ciclo de dias com menos de dez milímetros de chuva. Tivemos três meses de seca muito forte."


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