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Balconista "investiga" para decifrar receita
DA FOLHA RIBEIRÃO
Experiente, o balconista
de uma farmácia do centro
de Ribeirão conta um dos
segredos para desvendar
uma receita médica.
"A gente investiga a receita médica. Perguntamos ao paciente o que ele
tem, se ele já vinha tomando aquele remédio. Também deciframos o nome
do remédio pela especialidade do médico", afirmou
Luciano Meira, 29.
O discurso nas farmácias é quase sempre o mesmo. "Às vezes, acontece de
a gente detectar o erro.
Chega uma receita para
uma criança e a gente nota
que aquela dosagem é forte demais. Precisamos ligar para o médico para
confirmar se está certo",
afirmou Eurípedes Miguel
dos Santos, 51, responsável por outra farmácia.
"O problema é que ficamos em uma situação
muito delicada. Não podemos errar. Caso ocorra algum problema com remédio errado, a farmácia será
responsabilizada, e não o
médico", disse Santos.
Segundo Kléber Fernando Ferreira, diretor do
Conselho Regional de Farmácia, os erros são bem
frequentes. "A gente encontra coisas absurdas. Se
o farmacêutico não entender a letra e não conseguir
falar com o médico, a
orientação é não vender."
Para os três, a prescrição
eletrônica -digitada no
computador e impressa-
é a melhor saída. "Aí fica
bem claro e não tem erro",
disse Meira, enquanto
mostra receitas médicas.
"Alguns realmente não
dá para entender a letra.
Normalmente as médicas
têm letra mais bonita. E os
médicos mais novos, os recém-formados, também
costumam caprichar
mais", disse.
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