Ribeirão Preto, Segunda-feira, 11 de Maio de 2009

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Balconista "investiga" para decifrar receita

DA FOLHA RIBEIRÃO

Experiente, o balconista de uma farmácia do centro de Ribeirão conta um dos segredos para desvendar uma receita médica.
"A gente investiga a receita médica. Perguntamos ao paciente o que ele tem, se ele já vinha tomando aquele remédio. Também deciframos o nome do remédio pela especialidade do médico", afirmou Luciano Meira, 29.
O discurso nas farmácias é quase sempre o mesmo. "Às vezes, acontece de a gente detectar o erro. Chega uma receita para uma criança e a gente nota que aquela dosagem é forte demais. Precisamos ligar para o médico para confirmar se está certo", afirmou Eurípedes Miguel dos Santos, 51, responsável por outra farmácia.
"O problema é que ficamos em uma situação muito delicada. Não podemos errar. Caso ocorra algum problema com remédio errado, a farmácia será responsabilizada, e não o médico", disse Santos.
Segundo Kléber Fernando Ferreira, diretor do Conselho Regional de Farmácia, os erros são bem frequentes. "A gente encontra coisas absurdas. Se o farmacêutico não entender a letra e não conseguir falar com o médico, a orientação é não vender."
Para os três, a prescrição eletrônica -digitada no computador e impressa- é a melhor saída. "Aí fica bem claro e não tem erro", disse Meira, enquanto mostra receitas médicas.
"Alguns realmente não dá para entender a letra. Normalmente as médicas têm letra mais bonita. E os médicos mais novos, os recém-formados, também costumam caprichar mais", disse.


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