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ELEIÇÕES 2000
Tempo na TV e desinteresse em ter candidato próprio fazem da legenda alvo de briga entre PTB e PFL
Partidos disputam o apoio do PMDB
EVANDRO SPINELLI
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O PMDB pode ser a chave para a
definição do quadro eleitoral de
Ribeirão Preto. PFL e PTB lutam
pelo apoio do partido, que indicaria o candidato a vice-prefeito.
As lideranças peemedebistas
não confirmam o nome do possível candidato a vice, mas dão dicas. Seria um dos vereadores do
partido: Baleia Rossi, presidente
do PMDB, ou Silvio Martins.
O que faz do PMDB a "noiva"
desse momento decisivo do quadro eleitoral é o virtual rompimento com a frente de apoio à
candidatura do deputado federal
Antônio Palocci Filho (leia texto
nesta página) e o terceiro maior
tempo de televisão entre todos os
partidos (leia texto nesta página).
Fora da corrida pelo Palácio do
Rio Branco -a prioridade do
partido é a eleição de quatro vereadores para a Câmara-, o
PMDB torna-se o aliado ideal.
Anteontem, Baleia e seu pai, o
ex-deputado Wagner Rossi, se
reuniram com os líderes locais do
PFL Wilson Toni e Valdemar Corauci Sobrinho.
Os peemedebistas conversariam ainda neste final de semana
com Welson Gasparini, virtual
candidato do PTB a prefeito, e seu
filho, o vereador Welson Gasparini Júnior.
Baleia desconversa. "Estamos
falando com todo mundo. São
conversas apenas para estreitar
relações", disse o vereador.
Não é bem assim. Na última terça, Gasparini havia retirado sua
pré-candidatura a prefeito para
apoiar seu afilhado político Luiz
Roberto Jábali (PSDB), na tentativa de reeleição desse. Mas agora o
petebista ameaça voltar atrás se tiver recursos.
Gasparini afirmou à Folha que
tem vontade de disputar e que o
único impedimento é a falta de dinheiro. Ele é o segundo colocado
na última pesquisa do Datafolha,
feita em maio, com índices entre
15% e 17%. Jábali oscila entre 3% e
4% nos quatro cenários.
O radialista Wilson Toni, o terceiro colocado na mesma pesquisa, oscilando entre 10% e 13%, nega sua candidatura, mas trabalha
nos bastidores para viabilizá-la.
O apoio do PMDB, além de garantir tempo na TV, que é moeda
em alta na economia das eleições
municipais, poderia atrair muitos
recursos, avaliam os negociadores dos partidos.
Wagner Rossi é presidente da
Codesp (Companhia Docas do
Estado de São Paulo) e pode se
tornar deputado federal em janeiro. Ele é primeiro suplente e o
PMDB tem pelo menos três deputados eleitos pelo partido no Estado que são candidatos a prefeito
em suas cidades e têm chances
reais de vitória.
A Folha apurou que, caso consiga o apoio do PMDB, Toni deve
aceitar a candidatura. A coligação
teria praticamente metade do
tempo de televisão e a possibilidade de angariar recursos financeiros seria bem maior.
Gasparini avalia da mesma forma: seriam mais recursos e 300%
a mais de tempo na TV.
Hoje, o PFL se reúne para tentar
definir o candidato do partido.
Além de Toni, cogitam-se as candidaturas dos vereadores Coraucci Netto e Dárcy Vera. Amanhã é a
vez do PTB se reunir.
As definições certamente acontecem nos próximos dias, mas dificilmente as candidaturas vão ser
divulgadas.
Os candidatos a prefeito pretendem evitar o vexame de anunciá-las e depois ter de retirá-las, caso
não consigam financiamento junto aos colaboradores.
O certo é que, assim que o
PMDB bater o martelo sobre o
apoio, o quadro eleitoral de Ribeirão pode estar definido.
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