Ribeirão Preto, Domingo, 11 de Julho de 2010

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Imóvel é tombado no Campos Elíseos

Casa construída nos anos 30 tem características que remetem ao patrimônio ferroviário da Companhia Mogiana

Imóvel fica dentro de área de preservação ambiental e foi tombado a pedido da Promotoria do Meio Ambiente

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

O Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto) tombou definitivamente um imóvel localizado em área de preservação ambiental permanente na região central.
O pedido de tombamento foi feito pelo promotor Marcelo Goulart, da Promotoria do Meio Ambiente.
A casa, que está localizada na rua Luis Gama, no Campos Elíseos, foi construída entre 1935 e 1936.
Seu desenho indica ter sido patrimônio ferroviário pertencente à extinta Companhia Mogiana.
Segundo a presidente do Conppac, Cláudia Morroni, a casa foi construída em argamassa de barro e tem características peculiares, como o banheiro, que não faz parte da estrutura principal.
"É um estilo de construção que não existe mais, que ficou no passado", disse ela.
Apesar da descrição, o imóvel já foi muito descaracterizado. De acordo com a família que mora no local há pelo menos 20 anos, a casa passou por um longo período de abandono.
O tombamento, entretanto, teria sido motivado pela importância ambiental da área em que está inserida.
O morador José Gabriel e sua mulher, Mandi Whita, afirmaram que são cinco minas de água perenes na área onde está o imóvel.
Após o tombamento, o 14º desde 2004, o processo depende de decreto municipal para ser reconhecido como imóvel protegido.

EM FRANCA
A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Franca firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o dono de um imóvel na rua Campos Sales, no centro da cidade, tombado provisoriamente pelo conselho municipal do patrimônio.
O promotor responsável pela ação, Paulo Borges, informou que o imóvel teve parte de sua fachada destruída, mesmo após o processo de tombamento iniciado.
Após assinado o TAC, o proprietário terá 90 dias para reconstruir a estrutura sob pena de multa diária de R$ 1.000. Também foi estabelecido que o dono recolherá R$ 3.000 ao Fundo Municipal do Meio Ambiente de Franca.
"O recolhimento ao fundo tem um caráter pedagógico e estabelece um reforço na consciência de todos sobre a necessidade de se preservar o patrimônio", disse Borges.


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