Ribeirão Preto, Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011

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Justiça condena USP por assédio moral contra funcionária

Assédio teria sido praticado em 2000 por um docente do curso de medicina da capital

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


A USP (Universidade de São Paulo) foi condenada a pagar R$ 70 mil por danos morais à técnica de laboratório Regina Célia Leal, 46, que atua em Ribeirão Preto.
A condenação refere-se a uma acusação de assédio moral por parte do superior hierárquico, professor Heitor Franco de Andrade, da Faculdade de Medicina da capital, no final de 2000. A decisão é da 74ª Vara do Trabalho de São Paulo. Cabe recurso.
"Ele me tratava com diferença. Tinha brincadeiras de mau gosto, me humilhava."
Testemunhas foram ouvidas pela juíza Renata de Paula Eduardo Beneti e confirmaram a versão.
A gota d'água, segundo Regina Célia, foi quando o professor a acusou de ter furtado um microscópio, que depois foi encontrado dentro de um laboratório.
A funcionária entrou em depressão e foi afastada pelo INSS. Regina foi a primeira trabalhadora do país a ter o CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) por assédio moral reconhecido pelo órgão federal.
O advogado Alceu Luiz Carreira, do Sintusp (sindicato dos servidores), afirma que esse tipo de assédio é um problema na universidade.
A assessoria de imprensa da reitoria foi procurada por telefone e e-mail, mas não respondeu. O professor Andrade não foi encontrado.


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