Ribeirão Preto, Domingo, 11 de Setembro de 2011

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UFSCar abre vagas para refugiados no país

Desde 2009, quando o programa foi implantado, sete estrangeiros ingressaram na instituição de ensino de São Carlos

Universidade vai oferecer em seu vestibular uma vaga em cada um dos 57 cursos a refugiados

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Refugiados que vivem no país têm, pelo quarto ano consecutivo, a chance de ingressar em uma universidade pública. A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) abriu vagas em cursos de graduação para esse púbico.
O processo seletivo tem inscrições abertas até o dia 17 de outubro e prevê ao menos uma vaga em cada um dos 57 cursos da universidade.
Para obter o status de refugiado, é preciso que haja comprovação de "fundado temor de perseguição" por questões envolvendo raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política.
Os refugiados têm de apresentar documento emitido pelo Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), do Ministério da Justiça, e comprovar conclusão de estudos equivalentes ao ensino médio em seu país. Eles passarão por avaliações baseadas nos conteúdos desse nível e do ensino fundamental.
Segundo o coordenador da comissão do vestibular da UFSCar, Wagner Souza dos Santos, sete refugiados ingressaram na universidade desde 2009.
Eles são de Angola, Congo, Irã, Bolívia, Colômbia e Cuba, e cursam administração, medicina, imagem e som, engenharia civil, engenharia de produção e ciências sociais.
Se aprovados, os refugiados passam a ter os mesmos direitos dos demais alunos -em caso de necessidade comprovada, assim como os outros estudantes, podem ser incluídos em programas sociais, como auxílio-alimentação e moradia.
A divulgação da abertura de vagas é feita com auxílio do Conare e de ONGs que atuam com a inserção dos refugiados na sociedade. De acordo com o coordenador-geral do Conare, Renato Zerbini, a UFSCar é a única universidade pública federal a ter um processo seletivo exclusivo para refugiados.
Há outras instituições, como a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que abrem vagas, mas não em processos exclusivos. O acesso dessas pessoas ao ensino no país, segundo Zerbini, é importante no sentido de incluir os refugiados ao meio social. "Isso dá condições para que eles caminhem por seus próprios meios."
Atualmente, existem 4.434 refugiados vivendo no território brasileiro.


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