Ribeirão Preto, Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009

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Pai dobra recompensa por filho sumido

Engenheiro da Petrobras oferece R$ 60 mil por informações sobre paradeiro de garoto de 4 anos que sumiu em junho

Polícia passou investigação do caso a um outro delegado, mas não revelou ontem os motivos que a levaram à mudança

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O pai do menino Lucas Pereira, 4, o engenheiro da Petrobras Antônio Carlos Ratto, 57, elevou ontem de R$ 30 mil para R$ 60 mil o valor da recompensa oferecida para quem der informações à polícia sobre o paradeiro do garoto, desaparecido desde 21 de junho do ano passado, em São Carlos.
"A esperança é que as pessoas voltem a falar nesse assunto, a imprensa volte a falar do caso. Não tenho interesse em culpar quem esteja com o garoto, meu único objetivo é encontrar meu filho", disse Ratto.
Desde anteontem, o comando das investigações sobre o desaparecimento da criança foi trocado e está agora com o novo delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Geraldo de Souza Filho, que substitui Gilberto de Aquino, agora titular do 1º DP (Distrito Policial).
Nem Souza Filho nem a Secretaria de Estado da Segurança Pública comentam as razões da mudança.
O número de investigadores da DIG também aumentou de seis para 11 pessoas, o que, segundo o delegado titular, não está diretamente relacionado ao "caso Lucas", mas deve contribuir nas investigações.
Segundo Souza Filho, o caso é complexo e vai exigir o apoio de investigadores de outras cidades ou até mesmo Estados. "Envolve muita gente, de várias regiões. Resta pouca coisa a ser feita por aqui."
O delegado não quis dar informações sobre quais são as linhas de investigação adotadas pela polícia, mas afirma que existem três frentes de trabalho e que há dados relacionando o paradeiro do menino a outros municípios.
Desde o desaparecimento de Pereira, nunca houve um único pedido de resgate à família, segundo o pai do garoto. Depois do sumiço dele, um homem chegou a ser preso em Ilhéus depois de tentar pegar o dinheiro da recompensa com informações falsas sobre o paradeiro da criança.
O delegado Rogério Vito, assistente da Delegacia Seccional de São Carlos, criticou ontem a atitude do pai de Pereira de aumentar o valor da recompensa. "Há de se tomar cuidado com aproveitadores. Ao contrário de ajudar, eles podem fornecer informações que atrapalham o trabalho da polícia", disse o delegado, por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública.


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