Ribeirão Preto, Sábado, 12 de junho de 1999 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice CRISE Sindicato recolhe assinaturas para forçar Câmara a pedir impeachment de Jábali; manifestação reúne cem Servidor faz campanha pró-afastamento
da Folha Ribeirão O Sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto começou ontem a coletar assinaturas para que a Câmara instaure procedimento para o impeachment do prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB). A categoria fez ontem a segunda manifestação em frente ao Palácio Rio Branco, sede do governo, em 40 dias. Eles protestam contra a redução de até 25% na jornada de trabalho e dos salários dos 8.500 servidores para o corte de gasto. De acordo com o presidente do sindicato, Nelson Barbosa, o objetivo é recolher cerca de 2.000 assinaturas em todos os setores da cidade. A categoria deve montar bancas nas principais ruas de Ribeirão para conseguir adesão ao abaixo-assinado. O documento depois será entregue ao presidente da Câmara, Antonio Carlos Morandini (PFL). No abaixo-assinado, os servidores alegam que a prefeitura não está cumprindo compromissos financeiros e pretende deixar de pagar vale-alimentação e transporte para os servidores. Segundo o documento, a redução na jornada de trabalho e de salários deve atingir as áreas da saúde e educação. "A gente reconhece que a situação é grave, mas a saúde deve ser prioridade", disse a aposentada Sílvia Olívia Mariano Medeiros, que participou da manifestação. O protesto em frente à prefeitura reuniu cerca de cem pessoas, segundo a Polícia Militar. De acordo com o capitão Nelson Lopes, 50 policiais foram chamados para garantir a segurança no local. A pedido da prefeitura, havia um policial para cada dois manifestantes. A exemplo do protesto anterior, a polícia filmou todo o ato dos servidores para a identificação das pessoas que participavam. Em maio, servidores atacaram o prefeito com palavras de baixo calão e Jábali os acionou na Justiça. Nenhum secretário do prefeito compareceu à manifestação. De acordo com sua assessoria, Jábali não esteve na prefeitura ontem, no período da tarde. Estado de greve Os servidores mantêm o estado de greve e devem paralisar suas atividades assim que o decreto que prevê a redução da jornada for publicado no "Diário Oficial". A prefeitura planejava a publicação para a quarta-feira passada, mas não houve acordo de como a redução começaria a ser feita. Segundo o secretário da Administração, Armando Scozzafave, todas as pastas entregaram uma simulação para a redução, mas há problemas com relação às Secretarias da Saúde e da Educação. Nessas pastas, não há possibilidade de redução nas horas das aulas e, se houver diminuição no horário dos médicos, o atendimento poderá ser afetado. Ainda não há previsão da publicação do decreto. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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