Ribeirão Preto, Sábado, 12 de Agosto de 2000


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FUTEBOL
Presidente do Botafogo, de Ribeirão, afirma que as entidades não têm condições de gerenciar o futebol brasileiro
CBF e C13 agem como "cartel", diz Ribeiro

ROMILSON MADEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o Clube dos 13 chegam a ter um "comportamento de cartel" que está acabando com o futebol brasileiro.
A opinião é de Ricardo Cristiano Ribeiro, presidente do Botafogo (SP), clube que foi rebaixado da divisão de elite do Campeonato Brasileiro no ano passado. Este ano, o time de Ribeirão disputa o módulo amarelo (segunda divisão) da Copa João Havelange.
Para Ribeiro, o Clube dos 13 não tem condições de organizar um campeonato e distribuiu mal o dinheiro do grupo.
As críticas do dirigente dizem respeito aos critérios de escolha dos clubes da primeira divisão. Times sem público e sem bons estádios, como América (MG) e Juventude, estão na divisão de elite, "atendendo a uma necessidade política", disse o presidente.
"A única alternativa para os clubes do país é rezar para que uma luz ilumine a mente dos dirigentes do Clube dos 13 e da CBF", disse o dirigente.
Questionado se não tinha medo de retaliações em razão das críticas, Ribeiro respondeu que elas "já ocorrem há muito tempo".
Alguns reflexos da crise puderam ser sentidos na preparação do clube. O técnico Edson Mariano foi contratado apenas uma semana antes do início da competição e os salários dos atletas estão atrasados há dois meses.
A situação de apreensão atual é bem diferente da alegria do primeiro semestre, quando o time voltou à Série A-1 do Campeonato Paulista -a elite do Estado.
Ricardo diz que não é interessante para o Botafogo recorrer à Justiça para assim tentar conquistar seu direito de participar do grupo de elite da Copa JH.
Os problemas do clube começaram com o imbróglio jurídico vivido pelo Campeonato Brasileiro, após o rebaixamento do Gama-DF e o não-rebaixamento do Botafogo (RJ) no ano passado.
Para não incluir o Gama, o Clube dos 13 criou a Copa JH e promoveu Bahia e Fluminense, que estavam na segunda divisão, ao grupo principal do torneio. Só que o clube do Distrito Federal recorreu à Justiça e acabou sendo incluído na elite nacional.


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