Ribeirão Preto, Domingo, 12 de Setembro de 2010

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Franca encerra hoje a 23ª edição do Hallel

Em três dias, evento de música católica estima receber público de 80 mil participantes

DO ENVIADO ESPECIAL A FRANCA

Termina hoje em Franca o maior evento de música católica da América Latina, o 23º Hallel Som e Vida.
Em três dias, o espaço do complexo poliesportivo Pedro Morilla Fuentes acolhe shows, espaços temáticos destinados a discutir temas ligados à fé e ao catolicismo, missas e confissões.
Neste fim de semana, o Hallel totaliza apresentações de 60 bandas e 27 padres, como o frei Rinaldo Stecanela e o padre Robson de Oliveira. Além deles, pelo menos outras duas dezenas de religiosos também estiveram presentes para ouvir as confissões dos fiéis.
Mas, sobretudo, o 23º Hallel calcula a participação de 80 mil pessoas, ou seja, quase um quarto da população do município que acolhe o evento -330 mil segundo dados de 2009 do IBGE.
O aumento progressivo da sua importância junto aos católicos fez com que, por exemplo, os envolvidos na organização do evento original, ocorrido em 1988, passassem de 20 para mais de 3.000, todos voluntários.
Hoje, o Hallel é uma superprodução avalizada pela Igreja Católica, tem uma marca registrada e é replicado em outras dez cidades brasileiras e seis países: Estados Unidos, México, Uganda, Chile, Colômbia e Peru.
Foi da cidade peruana de Rioja que chegou na última sexta-feira o empresário do setor calçadista Manolo Sol. Ainda tropeçando no português, ele disse que conheceu o Hallel original através da versão peruana, que está em sua oitava edição.
"Nunca imaginei que pudesse ter essa dimensão", afirmou o visitante.
Se para os fiéis o evento é um ocasião especial para refletir sobre a fé em Deus, para os negócios é também uma excepcional oportunidade para que seja redobrada a fé nos homens.
Os quatro hotéis localizados nas proximidades do local do encontro estão lotados. "Todos os nossos apartamentos estão ocupados por pessoas que vêm participar do Hallel", disse o gerente de recepção, Sílvio Arcarin, do hotel Shelton Inn.
"Ao sair, eles já fazem reservas para o Hallel do ano seguinte", afirmou.
O mapa do megaencontro dá uma ideia do que se trata. Há espaço para músicos, área de camping, capela, livrarias, módulo de confissões e banheiros químicos.
A estrutura tem ainda praça de alimentação com vinte barracas, dois restaurantes, ambulatório, cerca de vinte estandes para a compra de produtos religiosos, áreas para pregadores, praça infantil, espaços para discussões temáticas e berçário.
A entrada gratuita é mantida desde que foi realizado o primeiro Hallel. Todo o dinheiro arrecadado na área de alimentação do evento é utilizado pelos organizadores para custear as despesas.
(JOSÉ MANUEL LOURENÇO)


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