Ribeirão Preto, Segunda-feira, 12 de Setembro de 2011

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Votação de conselho tem tumulto e longas filas em Ribeirão

Funcionários são agredidos, porta é danificada e PM é chamada em votação do Conselho de Enfermagem

De acordo com a polícia, pelo menos cinco profissionais registraram ocorrência por não conseguir votar

Márcia Ribeiro/Folhapress
Enfermeiros aguardam no saguão de centro empresarial para votar, na tarde de ontem

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

Tumulto e longas filas marcaram a votação para a presidência do Coren (Conselho Regional de Enfermagem) ontem em Ribeirão Preto. A Polícia Militar foi acionada por volta das 10h para conter uma confusão entre profissionais da categoria que esperavam para votar. Funcionários do centro empresarial New Century, onde fica o conselho, afirmaram ter sido agredidos por auxiliares e técnicos de enfermagem de chapas rivais durante a confusão.
A porta de uma cafeteria foi danificada no tumulto.
Segundo a gerente do prédio, Fluvia Fedelle, o Coren alugou a sala de eventos sem avisar que o local seria um dos pontos de votação -outro ponto foi montado na sala que o conselho mantém no 19º andar do mesmo edifício.
"Alugaram o salão com capacidade para cem pessoas, mas dez mil passaram por aqui hoje [ontem]. Acionamos o departamento jurídico do prédio para que eles sejam multados", afirmou.
A gerente administrativa da subseção de Ribeirão do Coren, Nathália Cafezakis dos Santos, não informou quantas pessoas foram chamadas, mas negou que o prédio não tivesse sido avisado.
"Não tem como fazer nenhum evento no prédio sem avisar. O que não avisamos obviamente foi do tumulto, que não havíamos previsto." Por volta das 17h -a 60 minutos do horário marcado para o encerramento da votação-, cerca de 200 pessoas aguardavam para votar. O clima era de insatisfação. "Vamos fazer um manifesto e encaminhar para a diretoria do Coren em São Paulo para evitar que a próxima eleição seja assim", afirmou a professora de enfermagem da USP Fernanda Rocha.
"Até a última eleição nós podíamos votar pelo correio. Fizeram a mudança no sistema, mas não adequaram a estrutura", afirmou a enfermeira Isabel da Silva.
De acordo com a Polícia Civil, ao menos cinco profissionais procuraram o 1º Plantão Policial para registrar boletim de ocorrência porque não conseguiam votar.
Os profissionais foram orientados a aguardar o final da votação, às 18h, para formalizar a queixa.


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