Crianças e adolescentes não podem mais assistir espetáculos no 3º piso e nas primeiras fileiras dos 1º e 2º pisos

TAC foi firmado entre Promotoria da Infância e Juventude e direção do teatro para prevenir acidentes e quedas

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A apresentação da clássica peça "Os Saltimbancos", hoje, às 17h, marca o início da proibição do acesso de crianças e adolescentes ao terceiro piso e à primeira fila do primeiro e segundo pisos do Theatro Pedro 2º, maior casa de espetáculos de Ribeirão.
O motivo é prevenir quedas. A proibição, que só vale para espetáculos infantis e infantojuvenis, foi garantida por acordo fechado entre a Promotoria da Infância e Juventude e a Fundação Pedro 2º, administradora do teatro.
O teatro não tem histórico de acidentes, mas, acionado por uma usuária, a Promotoria decidiu propor um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) à administração, após ter identificado falhas na segurança do prédio.
"O parapeito dos pisos superiores, por exemplo, tem menos de um metro e a inclinação do corpo pode representar risco de queda", disse o promotor da Infância e Juventude de Ribeirão, Ronaldo Batista Pinto.
O TAC ainda garante que a direção do teatro acione reforço da Guarda Municipal para a prevenção de acidentes. Os produtores teatrais terão a responsabilidade de contratar seguranças para impedir o acesso das crianças aos locais proibidos.
Com a medida, a capacidade do teatro será reduzida em 37%, dos atuais 1.588 lugares para 1.000 poltronas, durante os espetáculos incluídos na restrição. Segundo a direção, a medida, no entanto, não vai acarretar aumento no preço dos ingressos.
Hoje, uma fita zebrada será colocada nas primeiras filas do Pedro 2º para impedir o acesso das crianças aos locais incluídos no acordo.
A medida foi aprovada pelos pais entrevistados pela Folha ontem, na frente do teatro. O representante comercial Wagner Perez, 43, e a analista de sistemas Elaine Bovo Perez, 41, disseram que a proibição é positiva.
"Nossos filhos vêm muito ao teatro com a escola. Ficamos tranquilos que agora eles estarão mais seguros", disse o pai.
O sapateiro Paulo Sérgio de Lima, 40, disse que a medida trará mais segurança. "Se foi detectado um perigo, é melhor prevenir do que remediar."


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