Ribeirão Preto, Quarta-feira, 12 de Outubro de 2011

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Ribeirão registra 12 mortes por dengue

Pelo segundo ano consecutivo, Ribeirão Preto é o município que mais teve mortes pela doença em todo o Estado

Com nove mortes no ano, região de Bauru aparece logo atrás no ranking da doença no Estado em 2011


Silva Junior/Folhapress
A agente do Controle de Vetores Ana Batista analisa recipiente para medir a densidade larvária da dengue em Ribeirão

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

Um levantamento feito pela Folha com base em dados dos GVEs (Grupos de Vigilância Epidemiológica) aponta que as microrregiões de Ribeirão Preto e Araraquara registraram 15 mortes por dengue neste ano, o que representa 30% dos 50 casos de morte do Estado no período.
Com nove vítimas, a região de Bauru aparece logo atrás no ranking do número de mortes. Em terceiro lugar, ficou o GVE de Taubaté, com um total de seis vítimas.
Pelo segundo ano consecutivo, Ribeirão Preto é o município que mais teve mortes por dengue no Estado.
Até ontem, foram registradas 12 mortes para cerca de 18 mil casos (o que representa 19% do total de casos da doença no Estado).
De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto, a taxa de letalidade neste ano é de 6,5%, e está dentro do nível de 7,5% aceitável pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Depois de um "boom" da doença neste ano, Araraquara registrou duas mortes por dengue com complicações.
No município de Sertãozinho, um caso de morte por complicações da dengue foi registrado neste ano.
De acordo com o coordenador-executivo de Vigilância em Saúde de Araraquara, Feiz Mattar, a região de Ribeirão Preto se mantém na liderança do ranking estadual porque a transmissão da dengue é contínua.
"Em algumas cidades, a transmissão varia como ondas de rádio. Em Araraquara e Ribeirão Preto, por exemplo, ela tem se mantido o ano todo", afirmou.
Assim como Araraquara, as regiões de Bauru (com 4.413 casos de dengue) e Taubaté (com 4.029) também não haviam registrado mortes por dengue no ano passado.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, as mortes estão relacionadas à busca ativa de casos e também à organização da assistência em cada município.
Para o infectologista Pedro Tauil, é necessário melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento rápido para evitar o aumento no número de mortes pela doença.
"O primeiro objetivo dos programas de combate à dengue tem que ser a redução de mortalidade com melhoria do acesso", disse Tauil.


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