Ribeirão Preto, Sábado, 12 de dezembro de 1998

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Doente destaca uso de coquetel

da Folha Ribeirão

A empregada doméstica Rosana Marcia Silva, 25, ganhou peso, teve menos complicações com doenças hospedeiras e não precisou mais ser internada depois que passou a tomar o coquetel contra a Aids.
Há cinco meses, ela descobriu que tinha sido infectada pelo vírus HIV. "Cheguei a pesar 20 kg, metade do normal, e nem aguentava andar", afirma.
Rosana se auto-define como uma das pessoas que voltou a ter esperanças depois que começou a tomar a droga. "Agora tenho uma vida normal de novo."
Além do efeito físico, a empregada doméstica destaca o efeito psicológico do medicamento. "Hoje, você entra no hospital e não vê tanta gente internada."
Rosana toma uma bateria de remédios quatro vezes por dia para conter o avanço do vírus em seu organismo. O coquetel, que não cura, melhora a resistência do organismo do portador.
Carla (nome fictício), 33, toma o coquetel há mais de dois anos, desde que descobriu durante a gravidez que era portadora do vírus.
"Cheguei a ficar em coma depois do parto e até paguei dois meses de tratamento com o coquetel, antes de o governo começar a distribuir de graça", disse.
Carla diz que, no início do tratamento, achava que não veria o filho andar. "Hoje, quero mais."
O filho dela não contraiu o vírus HIV.



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