Ribeirão Preto, Sábado, 13 de março de 1999 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Comerciante fecha bar por temer saque
free-lance para a Folha Ribeirão O comerciante José Carlos Spanghero fechou as portas de sua pastelaria mais cedo, ontem à noite, com medo de saques. "Sem energia elétrica, não tínhamos como fazer os salgadinhos. Também não dava para ficar à mercê dos desocupados", disse. Normalmente, a pastelaria fica aberta até a 1h e vende cerca de R$ 300 só em salgados. "A quinta-feira é o dia da semana mais movimentado nessa parte da cidade." Spanghero acompanhou pelo rádio as notícias de que estaria havendo saques na capital. Com receio, resolveu fechar mais cedo. Segundo a Polícia Militar, nenhum incidente parecido foi registrado no período em que a cidade ficou no escuro. Prejuízo A falta de energia provocou a paralisação em algumas empresas, prejudicando a produção. A Coonai (Cooperativa Nacional Agro-Industrial), maior fornecedora de leite da região, deixou de processar 260 mil litros de leite, segundo o diretor-industrial José Sebastião Zanetti. "Perdemos todo o trabalho da madrugada." A Mabel, que trabalha 24 horas, deixou de produzir dez toneladas de biscoitos e bolachas em quatro horas de paralisação. "Também tivemos que fazer manutenção nos equipamentos porque, com a volta da energia, há uma sobrecarga elétrica nos equipamentos", disse Cláudio Scodro, diretor-superintendente. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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