Ribeirão Preto, Segunda-feira, 13 de Abril de 2009

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Sem abrigo, pacientes esperam o dia inteiro na rua até voltar para casa

ENVIADA ESPECIAL A BARRETOS

Pacientes de cidades próximas a Barretos que não têm abrigo em casas de apoio chegam a passar o dia inteiro à espera do transporte que os levará de volta ao município onde moram.
A aposentada Florisbela Souza da Silva, 53, sai de Valparaiso às 5h em direção a Barretos. Após realizar os exames na parte da manhã, tem de esperar todos os pacientes que viajaram com ela para poder voltar. Geralmente, a volta acontece às 22h. "Uma vez chegamos em Valparaiso só às 3h. É muito cansativo, principalmente para alguém como eu, que já fez quimioterapia e radioterapia. Quando a gente faz esses tratamentos não passa bem. Ter de ficar esperando é muito difícil."
Para fazer tratamento, o tratorista José do Carmo Aguiar enfrenta uma viagem ainda mais exaustiva. O ônibus gasta seis horas para percorrer 421 quilômetros entre Presidente Venceslau e Barretos. Ele sai da cidade à meia-noite e costuma chegar em casa só no final da noite do outro dia. "Dizer que não é cansativo é mentira. Mas tem de vir, porque o tratamento lá não é igual ao daqui."
Apesar da grande procura de pacientes e das casas de apoio mantidas em Barretos, a superintendente da assistência social do Hospital do Câncer, Fabiana Cardoso de Lima, diz que não há fila de espera para vagas nos alojamentos do hospital.


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