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Saldo comercial da região é o menor desde 2006
Em 2010, importação avança mais do que exportação nas maiores cidades
Real valorizado torna compra no exterior mais atrativa, diz analista de fábrica de equipamento dentário de Ribeirão
JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO
Exportações em lenta recuperação e importações em
alta acelerada levaram as
maiores cidades da região de
Ribeirão Preto a encerrar o
primeiro semestre deste ano
com o menor saldo comercial
desde 2006.
Nos seis primeiros meses
deste ano, as vendas ao exterior somaram US$ 1,48 bilhão, cifra 4% superior ao
US$ 1,41 bilhão que foi embarcado no mesmo período
do ano passado.
O fluxo contrário teve
avanço mais acentuado: na
comparação entre o primeiro
semestre de 2010 e de 2009,
os municípios mais populosos da região compraram
US$ 154,26 milhões no exterior, um aumento de 61%.
Com isso, o saldo da balança comercial regional
atingiu US$ 1,23 bilhão neste
ano, resultado que só supera,
nos últimos anos, o do primeiro semestre de 2006 (US$
1,13 bilhão).
Teve papel decisivo nesse
movimento a valorização do
real frente ao dólar, que encarece os produtos brasileiros no exterior e torna o que é
produzido lá fora mais barato
para as empresas no Brasil.
O cenário é completado
pelo apetite da economia interna, que está aquecida e
contrasta com a recuperação
lenta de mercados importantes para o Brasil, como EUA e
União Europeia.
Atuando nos dois lados da
balança, a fabricante de
equipamentos odontológicos Dent-Flex, de Ribeirão,
está pendendo mais para a
importação neste semestre.
Segundo o analista de exportação e importação da
empresa, Thiago Mariotto, o
embarque de produtos em
2010 mostra uma recuperação tímida em relação ao ano
passado, mas ainda está distante do nível de 2008.
O câmbio valorizado que
dificulta as vendas dos equipamentos da Dent-Flex, no
entanto, está ajudando a empresa a buscar, no exterior,
peças para fabricá-los.
De acordo com Mariotto, a
valorização do real tornou
competitiva a importação de
componentes de mercados
como Estados Unidos e Europa, que têm mais qualidade
que similares nacionais.
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