Ribeirão Preto, Terça-feira, 13 de Julho de 2010

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Saldo comercial da região é o menor desde 2006

Em 2010, importação avança mais do que exportação nas maiores cidades

Real valorizado torna compra no exterior mais atrativa, diz analista de fábrica de equipamento dentário de Ribeirão

JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO

Exportações em lenta recuperação e importações em alta acelerada levaram as maiores cidades da região de Ribeirão Preto a encerrar o primeiro semestre deste ano com o menor saldo comercial desde 2006.
Nos seis primeiros meses deste ano, as vendas ao exterior somaram US$ 1,48 bilhão, cifra 4% superior ao US$ 1,41 bilhão que foi embarcado no mesmo período do ano passado.
O fluxo contrário teve avanço mais acentuado: na comparação entre o primeiro semestre de 2010 e de 2009, os municípios mais populosos da região compraram US$ 154,26 milhões no exterior, um aumento de 61%.
Com isso, o saldo da balança comercial regional atingiu US$ 1,23 bilhão neste ano, resultado que só supera, nos últimos anos, o do primeiro semestre de 2006 (US$ 1,13 bilhão).
Teve papel decisivo nesse movimento a valorização do real frente ao dólar, que encarece os produtos brasileiros no exterior e torna o que é produzido lá fora mais barato para as empresas no Brasil.
O cenário é completado pelo apetite da economia interna, que está aquecida e contrasta com a recuperação lenta de mercados importantes para o Brasil, como EUA e União Europeia.
Atuando nos dois lados da balança, a fabricante de equipamentos odontológicos Dent-Flex, de Ribeirão, está pendendo mais para a importação neste semestre.
Segundo o analista de exportação e importação da empresa, Thiago Mariotto, o embarque de produtos em 2010 mostra uma recuperação tímida em relação ao ano passado, mas ainda está distante do nível de 2008.
O câmbio valorizado que dificulta as vendas dos equipamentos da Dent-Flex, no entanto, está ajudando a empresa a buscar, no exterior, peças para fabricá-los.
De acordo com Mariotto, a valorização do real tornou competitiva a importação de componentes de mercados como Estados Unidos e Europa, que têm mais qualidade que similares nacionais.


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